Cotidiano e violência

O artigo torna-se bastante relevante por ajudar na compreensão da imagem que o censo comum construi em relação ao aluno noturno. As autoras desmistificam a ideia de que o aluno da noite é em geral o aluno trabalhador que busca na escola uma maneira de ascensão social. O artigo faz uma análise consistente de como a violência entra na escola e altera sua regularidade e seu funcionamento.

Consiste numa apresentação de pesquisa realizada em Escolas Públicas de 2º grau noturno, na cidade do Rio de Janeiro, em 1998. Revela que o perfil do aluno noturno é bem diferente do que geralmente se imagina. Costuma-se dizer que o aluno noturno são jovens e adultos trabalhadores que buscam o estudo para melhorar suas condições de vida. A pesquisa registra situações bem diferente do imaginário popular, tais como: violência, crimes, drogas e professores amedrondados e impotentes diante desta realidade.

Cotidiano Educação e Culturas: realizações, tensões e novas perspectivas | Vera Candau – Organizadora

Publicação coletiva sobre a relação entre processos educacionais e cultura, desenvolvida pelo GECEC da PUC-Rio. Contou com a participação de docentes, alunos/as de mestrado e doutorado, pós-doutores e profissionais da educação básica. Todos/as comprometidos com uma educação transformadora para uma sociedade justa e solidária. Baixar e-book: Aqui. Livro impresso | Link para venda: Aqui

Cotidiano escolar e ensino: conhecimento e vivência

O texto se apresenta bastante coerente e relevante para o Programa Direitos Humanos, Educação e Cidadania, pois se apresenta às pesquisas sobre o cotidiano escolar como sendo fundamentais para reavaliação de conceitos como conhecimento, vivência e ensino.

O artigo se posiciona entre os autores cujo papel tem sido o resgate da valorização da vivência na pedagogia. Tenta resgatar, mesmo, as idéias de Marx e Nietzsche, que romperam a prisão na qual a filosofia colocou a vivência. Considera, ainda, de importância fundamental o estudo da prática pedagógica e da vivência que envolve no âmbito do cotidiano escolar, com base no fato de que tem sido de grande importância para a melhoria do ensino os estudos do cotidiano das escolas realizados na ultima década.

Cotidiano escolar e práticas sócio-pedagógicas

A obra é indicada para o aprofundamento em cotidiano escolar e a abordagem etonográfica. Obra de interesse para o programa, especialmente significante para os casos de trabalhos desenvolvidos em acompanhamento escolar. A autora é professora da Faculdade de Educação da USP.

O artigo trata do surgimento e da trajetória da abordagem etnográfica na pesquisa sobre a escola, valoriza a construção teórica da categoria “Cotidiano Escolar”, analisa três pesquisas de tipo etnográfico desenvolvidas na área da Educação, levantando os pontos críticos e as contribuições da abordagem etnográfica para o estudo do cotidiano escolar.

Cultura, direitos humanos e poder: a propósito da guerra contra o Iraque em 2003 e de humanos direitos

Explana que a ALCA (Área de Livre Comércio das Américas) intenciona o processo de integração da América Latina e do Caribe, mas que é um projeto neoliberal com os moldes do Tratado de Livre Comércio estabelecido pelos países da América do Norte e da Europa para liberar e favorecer a intervenção estrangeira. Assim, a ALCA só irá favorecer os oligarcas, aumentar a concentração de riqueza e incrementar as condições de miséria dos povos da América Latina e do Caribe. Observa-se que os governantes “pró ALCA” estão mais preocupados na privatização dos serviços públicos e com a restrição dos direitos democráticos e pouco se importando com os prejuízos que poderá acarretar a população. Lembra que a Convergência de Movimentos dos Povos das Américas está construindo alternativas para combater a política neoliberal em todo o continente americano, sendo que a formulação dessas alternativas inclui propostas e práticas democráticas e pluralistas de homens e mulheres dos diferentes movimentos sociais para a construção de uma nova sociedade.

Currículo: tensões e alternativas

O artigo apresenta uma boa fundamentação teórica em relação ao erro em que pode-se cair se se interprentam de forma errada os postulados do multiculturalismo, principalmente em relação à elaboração de propostas curriculares fragmentárias, o que geraria um outro tipo de etnocentrismo.

Artigo resultado de assessoria à Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro para a elaboração de um Núcleo Curricular Básico.

As autoras partem de uma reflexão sobre a discussão curricular no Brasil para assinalar os problemas das análises dicotomizadas – experiência cultural da criança x experiência cultural da humanidade, qualidade x quantidade, universal x singular etc. Propõem a necessidade de incorporar essas categorias como tensões que normalmente atravessam a teoria e a prática educacional. Com base na proposta curricular vigente no Município do Rio de Janeiro, levantam uma hipótese preliminar de trabalho em torno de “conceitos nucleares” e desenvolvem um exercício de análise para testar a validade de tal hipótese.