Considera que nas sociedades modernas, com sua diversidade e pluralismo, ruiu a unanimidade da hegemonia eclesial que havia em tempos idos, o que levou a Igreja a legitimar a autonomia da liberdade ética e religiosa de cada pessoa, mas sem perder de vista o respeito aos direitos dos demais. Explica que a tolerância nasce do respeito e da compreensão perante àqueles que possuem idéias e modos de ser diferentes ou mesmo antagônicas daqueles que convivem na sociedade ou quando não se tem a preocupação de impor os seus valores para os outros esperando que eles sejam acolhidos. Por isso, é de suma importância que a legislação civil não dê importância aos códigos éticos que são considerados concretos e definidos em si; deve-se estar aberto e respeitar a outros e aos novos valores. Considera que dentro de uma sociedade democrática é salutar a defesa das próprias crenças que se torna um exercício de liberdade de consciência, uma vez que não se deve fomentar o desrespeito, a intolerância, mas a convivência humana equilibrada e harmoniosa para todos(as).
Considera que nas sociedades modernas, com sua diversidade e pluralismo, seja de opiniões éticas e religiosas, ruiu a unanimidade da hegemonia eclesial que havia em tempos idos, o que levou a Igreja a legitimar a autonomia da liberdade ética e religiosa de cada pessoa, mas sem perder de vista o respeito aos direitos dos demais. Pois se parte de um pressuposto de que dentro da convivência de um sistema democrático, como um direito pertencendo a toda unanimidade, assim como ser tolerante com a diferença, pois como é sabido por todos que a convivência entre os indivíduos dentro da relação social requer o mínimo de regulação ética, o que significa dizer que há um conjunto de exigências que o individuo deve seguir, às vezes não sendo muito de sua vontade, para que haja o respeito das diferentes visões, interpretações e modos de agir entre os diferentes valores que cada qual possui.
Explica que os termos internacionalização, globalização, mundialização representam distintas regiões do planeta que estão em contato direto e que também é um processo da superação das barreiras do mercado econômico, mas que mesmo assim a realidade entre os países do Norte e do Sul é berrante. Os primeiros representam as nações capitalistas desenvolvidas, enquanto que os segundos aglomeram as nações dependentes e empobrecidas, tornando-se a relação entre ambos desequilibrada e de dependência. Na verdade a globalização e a sua ideologia representam uma nova maneira de politizar a realidade. Baste que se note que o empresariado desempenha um papel significativo na economia e na vida do país como um todo e tem o poder de restringir a maioria da população dos bens materiais que necessitam. Reconhece que se deva estabelecer uma forma de governo que promova o desenvolvimento do bem comum e a consolidação de um sistema de bem estar mundial, juntando-se a outros meios políticos de caráter ético e cultural.
Analisa o pensamento que rege a educação popular que através de sua historia intenciona a construção de uma sociedade mais justa que de aos excluídos, aos segregados e aos discriminados o poder de atuarem na vida política de seu país. Esclarece que vários educadores têm questionado as práticas da educação popular na América Latina, surgindo diversos grupos com pensamentos diferenciados. Alguns propagam que se deva acabar com a educação popular; outros afirmam a sua conservação e outros defendem que a educação popular deve ser reestruturada. Acredita que essa reestruturação tem que ser feita através da reflexão e da ação e trazê-la para a realidade globalizada, ou seja, desconstruir certas práticas para que se possa fazer uma ação crítica. Almeja que a educação popular seja dotada de novos instrumentos e que possa reconstruir o povo como sujeito histórico, rompendo com o atual modelo político dominante que foi implantado e repensar o poder existente que se deve até agora entre os educadores da educação popular.
Delata que a ALCA não é apenas um projeto norte-americano para fazer valer o Acordo do Livre Comércio entre os EUA, a América Latina e o Caribe. Representa a política neoliberal que faz com que as frágeis economias dos países em desenvolvimento nunca alcancem crescimento real. Pode se constatar que a dívida externa da América Latina, em 1985, estava em torno de 300.000 milhões de dólares e entre 1992 e 1999 deve que pagar de juros 913.000 milhões de dólares. Segundo relatório da ONU, nos anos 80 o número de pobres latino-americanos era de 36%; passou para 44% que estão em extrema pobreza. Diz que a ALCA impede a integração econômica d América Latina e que por isso os EUA precisam minar o MERCOSUL que, apesar de suas deficiências e limites, freia um pouco o poderio do capital estrangeiro. O neoliberalismo passa a imagem de que somente ele é a única solução para os países em desenvolvimento. E essa mentira que tem que ser desmascarada com a denúncia de toda sociedade civil.
Faz um paralelo entre educação e economia, considerando o contexto sócio-político onde a privatização e a mercantilização é cada vez mais crescente na relação humana e também na educação. Nesta relação entre educação e economia, se usa muito o enfoque de que quando mais educado uma pessoa menos pobre ela será. Por detrás dessa premissa esconde-se a idéia de que o problema da pobreza será resolvido através da educação. Quando se comprova que há mais pessoas sem instrução entre os pobres do que entre os ricos, então esse problema tem de ser enfrentado pela educação. Deve-se fazer uma mudança sistemática na educação e neste tipo de visão. Ao se dizer que entre os ricos há poucas pessoas que não tem instrução, então se deve criar um modelo político que promova o ingresso das pessoas pobres a educação e permiti-las que tenham acessos a outras necessidades básicas, como alimentação, saúde, moradia, etc., uma vez que somente há crescimento em um país quando se tem justiça social.
Esclarece que o FMI na atualidade ocupa três funções principais: (1) vigilância e supervisão das economias dos países membros; (2) assistência técnica às questões fiscais e monetárias e (3) assistência financeira aos países em pobres. O Banco Mundial (BM) tem a performance de “ajudar” os países pobres em suas dimensões estruturais. Está transparente que as intervenções feitas por essas duas instituições de Washington contribuem para as deficiências que acontecem nas economias dos países em pobres. Menciona que as pressões exercidas sobre cidadania realizadas nos países que condenam a dívida externa das nações pobres, fizeram com que as instituições financeiras internacionais credoras revisem os seus posicionamentos com relação à dívida. Afirma que os países devedores têm que tomar parte na tomada das decisões, para que inclusive possam questionar as sanções que são impostas a eles e dessa maneira possam também apresentar suas propostas.
Reconhece que dentro da realidade da América Latina perpassa por uma dinâmica de “dubla transição” denominadas de neoliberalismo e de democracia, sendo esta última o marca central por reconhecer a diversidade étnica e cultural que se fazem presentes em seus territórios. Atenta para o fato de que, hoje em dia, em diversos Estados latino-americanos a população indígena tem o pluralismo étnico e cultural de suas nações reconhecidas em suas fronteiras e em suas constituições, mas que estabelece um fenômeno muito recente. O que importa não é apenas os povos indígenas terem os seus direitos reconhecidos; o mais importante e que tais direitos sejam exercidos concretamente. Sugeri que o conceito de democracia dever incluir a convivência harmônica com o pluralismo jurídico alternativo e não trata-lo apenas como algo de segunda categoria ou desprezar a sua existência. Acrescenta que se deve tratar o sistema jurídico indígena tal como é o respeito aos direitos humanos.
Analisa as discussões em torno da educação em direitos humanos, tendo em vista o contexto sócio-político e econômico vividos na América Latina, desenvolvendo a idéia de que a educação em direitos humanos ganharia muito mais legitimidade se os corpos normativos (leis, resoluções, acordos, convenções, declarações nacionais e internacionais) fossem mais difundidos publicamente. Lembra que em relação à educação em direitos humanos, alguns estudiosos estão a favor que se recorra ao Estado, mas o problema surge quando se questiona a maneira pela qual irá se trabalhar quando ele é omisso a injustiça e tem aceitado a impunidade. Critica-se também a participação das ONGs ao fazerem aliança com o Estado, já que desta maneira irão perder credibilidade perante o público. Considera importante a desenvolvimento de uma rede de comunicação que possibilite relações e acabe com o isolamento, pois o propósito e tecer a solidariedade e a troca de saberes e assim estimular o exercício das ações coletivas
Refere-se a um trabalho realizado em parceria com a UNESCO, a Secretaria de Estado dos Direitos Humanos e o Instituto Ayrton Senna como forma de cooperarem com a efetivação do respeito aos direitos humanos para a juventude. Explicam que estudos por Vermelho e Mello (1998) mostraram que as causas relacionadas à morte de jovens nas últimas cinco ou seis décadas foram crescendo para os fatores externos como os acidentes de trânsitos e homicídios. Esse último avança no Brasil, que foram responsáveis por 38% das mortes de jovens na idade entre 15 e 24 anos. Diz Chama a atenção para o fato de que no ano 2000 39% das mortes entre os jovens foram causadas por homicídio. Clama toda a sociedade a encontrar meios objetivos para limitar a crescente violência que atinge a todos, até porque a sociedade não pode mais se omitir, pois a apatia, a falta de perspectiva e a intolerância são as causas principais para o surgimento da violência.