As forças armadas têm uma superioridade organizacional visível, um status simbólico apelativo e o monopólio das armas e isso porque elas estão sempre subalternas aos seus mestres civis que se fazem presentes nos altos escalões de qualquer governo, além de estarem sempre intervindo na vida política do país, são elas que detêm o monopólio dos meios de violência de maneira repressiva. Quando o totalitarismo é introduzido na sociedade, intervindo na vida da maioria da população, a primeira medida a ser tomada por ele é o desenvolvimento do alto nível de vigilância adotado para que possa garantir os interesses daqueles que o apóia. A polícia e seus agentes são considerados os mais importantes aliados que adotam táticas de aquisição e decodificação de informações acerca daqueles que consideram seus inimigos; todas as atividades da vida pública e privada são vigiadas, com policiamento constante e intensificado para que possa segregar os opositores. Por isso que a justificação do terror instaurado na sociedade é uma tática que geralmente está respaldada por um líder carismático para que o totalitarismo mantenha o controle dos instrumentos de violência.
Define a palavra desencanto como a perda da esperança no mundo, já que ele vem sempre acompanhado da tristeza e da desilusão e isso não é mero acaso. Instalou-se o poder hegemônico neoliberal, mas este nunca será definitivo, até porque forças “contra-império” já se mostram com novas formas criativas, construtivas e renovadoras de intervenção, mostrando que é mais do que possível um mundo diferente e melhor para todos. Concorda com o fato de que a educação, a cidadania e a democracia mantêm um vínculo recíproco entre elas. O problema reside no fato de que tipo de vínculo relaciona a educação com a cidadania, a justiça com a democracia e quem o define. Acredita que educar é mostrar que não há um abismo considerável entre objetividade e subjetividade, já que são essas duas categorias que aproximam o ser humano de seus semelhantes. É a formação para a cidadania que capacitará a pessoa a questionar, a pensar, a assumir as suas ações perante o mundo, assim como saber ouvir e respeitar opiniões, valores e maneiras de ser que sejam diferentes do que se tem.
Considera como contraponto à globalização da economia à globalização da solidariedade, entendendo como solidariedade uma virtude que faz com que a pessoa se sinta comprometida com a vida e tenha interesses e responsabilidades com o grupo ou mesmo com toda a humanidade. Significa dizer que a solidariedade faz com que a pessoa assuma uma atitude voluntária em empenhar para o bem comum. Falta fazer com que a bondade venha à tona e ela é despertada a partir do sofrimento de outras pessoas, pois quando se depara com o sofrimento dos outros, as pessoas saem de si mesma e se aproxima dos que sofrem, uma vez que se deixa de lado o individualismo e se sente fazendo parte viva do sofredor, desse modo, desperta-se a consciência de que todos pertencem a uma única família: a humana. Por um lado, considera o que de pior pode acontecer é quando se destrói o lado humano de um povo; por outro lado, aprecia também que a melhor forma de se prestar à solidariedade é quando se contribui a resgatar, juntamente com o povo, o lado humano que estava desaparecido.
Trata-se de um seminário latino-americano intitulado “A escola em questão: desafios para o educador”, ocorrido em outubro de 2001 no Rio de Janeiro, tendo como participantes educadores/ras envolvidos com projetos ligados à promoção social de instituições educacionais públicas e privadas, representando diversos estados brasileiros e outros países do Sul e do Caribe que deve como sustentação teórica três objetivos basilar: (1) aprofundar a discussão em torno de problemas que envolvem a escola; (2) fazer trocas de experiências a partir do dia a dia dos educadores/as, fazendo da escola uma experiência agradável para as crianças e para os jovens e (3) indicar caminhos para “reinventar a escola”. Lembra que no futuro as sociedades serão divididas em dois blocos: os que produzirão conhecimento e avanços científicos e os que só receberão informações. Acrescenta que dentro de um mesmo país terá diferenças significativas, pois haverá aqueles que estão capacitados para manejar as informações e os que se encontrarão excluídos de todos os processos. Aposta na valorização afetivo-ética do educador, na sua vivência diária de valores e na intervenção que possa fazer no contexto social como meio de transformar a realidade.
Delata que a injustiça se tornou reinante em todas as dimensões da vida social, tanto no âmbito nacional como no contexto internacional, fruto da supremacia do capital sobre a sociedade. Como modo de manter essa supremacia as empresas jornalísticas, televisivas e radiofônicas, que são também conhecidas como “imprensas econômicas”, desempenham papéis decisivos. Diz que a ascensão da burguesia financeira todos os setores da economia ficaram subordinados ao poderio do capital financeiro internacional, prejudicando de maneira corrosiva, os setores da economia, deixando-a impossibilitada de gerar e de distribuir riqueza. A implicação nefasta dessa circunstância é o comprometimento do regime democrático, já que o capital financeiro detém o poder dos países, mercados e governos. Conclama todas e todos cidadã(os) a se unirem contra a globalização neoliberal, já que ninguém está sozinho ou se encontra ileso perante as conseqüências nefasta da destruição capitalista. Claro está que será uma tarefa árdua e por demais difícil, porém jamais impossível.
Explica que com a situação de pobreza na América Latina, com a ausência dos pobres na História, o nascimento dos movimentos populares, com a presença ativa dos cristãos nos processos históricos de libertação e com o compromisso da Igreja latino-americana na defesa dos oprimidos, surge a Teologia da Libertação, que tem como embasamento dois aspectos: (1) a busca de nova reflexão a partir da realidade latino-americana e (2) as declarações de grupos cristãos que testemunham a experiências coletivas da luta revolucionária da população pobre. A Teologia da Libertação percebeu a necessidade de se elaborar uma teologia a partir da identidade e do perfil presentes na América Latina para que possa intervir e dar respostas aos desafios que se apresentam. Considera que a Igreja tem que ser a base de resistência, assim como ter a missão de mostrar caminhos alternativos para que os pobres e excluídos possam ter uma vida digna, colaborando em dar respostar a atual política excludente neoliberal e proporcionar as transformações sociais.
COLEÇÃO PERCEPÇÕES DA DIFERENÇA. NEGROS E BRANCOS NA ESCOLA Volume 7 – Tímidos ou indisciplinados? Autor: Lúcio Oliveira Alguns professores estabelecem uma verdadeira díade no que diz respeito à forma como enxergam seus alunos negros. Ora os consideram tímidos demais, ora indisciplinados demais. Neste volume discute-se o que há por trás da suposta timidez e…
O objetivo é democratizar o acesso a conteúdo educativo e popular. Paulo C. Góis quarta-feira, 02 de outubro de 2019 E agora um post de utilidade pública, porque trabalhamos assim. Vocês já conhecem a Bombozila? A plataforma de streaming surgiu em 2016 no Rio de Janeiro para abrigar centenas de documentários independentes sobre causas sociais que são ignoradas…
A Constituição Federal de 1988, batizada de Constituição Cidadã, chega neste sábado, dia 5 de outubro, aos 31 anos em um momento pouco favorável para comemorações. A Carta brasileira – que passou a ser reconhecida como uma das mais modernas do mundo – sofreu duros golpes com o impeachment que destituiu a presidenta Dilma Rousseff…
Por Mariana Simões, Agência Pública/Repórter Brasil Fonte: Agência Pública Instituto Butantan negou que tivesse pedido estudos e depois proibiu autora de propor novas pesquisas por seis meses, decisão revertida na Justiça Há 30 anos, a imunologista Mônica Lopes Ferreira desempenha uma celebrada carreira no Instituto Butantan, instituição pública centenária ligada à Secretaria da Saúde de São…