Esclarece que o sistema educativo verticalista faz com o corpo docente e os corpos discentes fiquem induzidos a obedecer sempre os superiores da hierarquia, o que dificulta o crescimento, o conhecimento e a responsabilidade de ambos. Isso porque o sistema autoritário leva as pessoas a se omitirem de sua responsabilidade, a ficarem com medo de crescer, de expressarem suas opiniões e de exporem as suas identidades. Diz que a Comissão Latino-americana de Desenvolvimento e Meio Ambiente afirmou que não haverá desenvolvimento sustentável na América Latina e no Caribe enquanto persistir a pobreza e que por isso, o desenvolvimento deve inserir a viabilidade ecológica com prioridade ao desenvolvimento humano. Propõe que as instituições educativas avaliem eticamente junto com os estudantes o que se pode fazer para reverter essa situação de pobreza e que tipos de ações concretas os alunos podem praticar para a solução dos problemas que afligem as suas realidades.
Diz que a sociedade exige que os indivíduos cumpram com os seus deveres, mas se “esquece” que esses mesmos indivíduos possuem seus direitos. A aparição dos direitos humanos constituiu um grande avanço ao que se diz respeito aos direitos individuais e sociais, já que até então a saúde mental de todos os indivíduos estava conectada a uma estrutura social muito rígida. Constata que somente em meados do século XX que uma grande mudança significativa realmente ocorreu, visto que o conceito de dever passou a ser questionado e até mesmo ultrapassado, dando lugar à qualidade de vida das pessoas e uma preocupação ética em torno do homem e das relações humanas, implementando uma nova cultura baseada na felicidade. A partir da década de 80, aparece a sociedade neoindividualista e com ela a cultura narcisista que alimenta a ansiedade e o estresse, pois os indivíduos são cada vez mais cobrados a seguirem um padrão de conduta e de consumo hegemônicos. Ressurgi a ética acompanhada de uma preocupação e de uma responsabilidade com realidades que pertencem a toda a humanidade, o que pode fomentar a esperança em um futuro muito melhor do que se tem atualmente e pelo fim do determinismo econômico e social que está em vigor.
Trata-se de uma revista elaborada pela instituição – Serviço de paz e justiça Uruguai, que é uma organização não governamental, nascida em 1981, onde o país vivia em uma ditadura militar e como tal a instituição nasceu com o objetivo de oferecer uma contribuição para a educação em direitos humanos –no intuito de analisar a realidade e propor soluções para ela e atuando no processo de formação, tendo em vista que educar em direitos pressupõe assumir o lugar dos educandos e de sua comunidade; sentir a realidade na qual se encontram; oferecer experiências que favoreçam o espírito de respeito, de solidariedade e de tolerância. Acredita que a educação em valores deve estar voltada ao desenvolvimento humano para que se possa reverter a desigualdade e a exclusão socioeconômica , pôr fim na discriminação de gênero e de etnias, para que desta maneira a educação em valores possa fomentar uma formação ética e cívica sólida, convivência harmônica, responsabilidade, tolerância, justiça, igualdade e respeito aos direitos humanos.
Considera que a educação, enquanto compromisso político, perpassa por duas idéias fundamentais. A primeira diz respeito ao compromisso que o Estado e a sociedade têm na construção de políticas educativas, enquanto que a segunda refere-se a instituição escola como o espaço de formação dos futuros cidadãos e o papel fundamental dos docentes enquanto socializadores políticos. Afirma que a competência educativa consiste em aprender a aceitar a diferença e saber viver juntamente com os outros, o que evita o individualismo e as atitudes autoritárias. Em 1996 a UNESCO deu um informe sobre a educação do século XXI, afirmando que ela é um instrumento que fortalece os ideais de paz, liberdade e justiça social. Espera que a escola se torne o lócus primordial para o desenvolvimento cognitivo, afetivo e valorativo com uma pedagogia renovada que possa ter uma compreensão profunda das mudanças que vem ocorrendo em todas as partes do mundo. Compreendendo as transformações mundiais abre-se a oportunidade de refletir como transformar a crise atual em ferramentas para os mais necessitados e se tornem sujeitos responsáveis e independentes.
Explica que o Instituto Peruano de Educação em Direitos Humanos (IPEDEHP) foi fundado no ano de 1985 e dirigido para a capacitação de lideres sociais em direitos humanos, democracia e participação cidadã. A metodologia utilizada foi o enfoque qualitativo, como forma de inserir as diversas classes sociais, os distintos ambientes e enfocar o lado afetivo. Estima que uma parcela significativa da população peruana ignora o que venha ser os direitos humanos, o que facilita de modo considerável os abusos e os diversos tipos de violação. Por isso, o desafio da Coordenadoria Nacional dos Direitos Humanos no Peru é impulsiona a difusão, cada vez maior, dos direitos humanos a toda a população como forma de construir uma sociedade mais democrática. Categoriza a experiência realizada pelo Instituto no Peru, com sua historia peculiar, como sendo uma experiência que vem se aperfeiçoando a cada ano e que por isso pode ser aplicada em outros contextos, o que ajuda na aplicação da proposta.
Assinala que a metodologia do estudo apresentado perpassa pelas técnicas qualitativas e quantitativas baseadas em questionários, entrevistas, observações, revisão de documentação disponíveis no IPEDEHP e no Instituto de Educação Superior Paulo Freire (ISP Paulo Freire) realizadas em três etapas: preparação do estudo realizado; coleção de dados e preparar as informações coletadas. Explica que a criação do ISP Paulo Freire tem um marco que o distingui dos demais: favorece a iniciativa, participação e liberdade no âmbito da ação humana. Explana que o currículo oficial do Ministério da Educação peruano contém as propostas pedagógicas do IPEDEHP sobre educação em direitos humanos e em democracia. Desde o ano de 1996, o ISP Paulo Freire faz parte da reforma educativa e recebe solicitações das instituições de ensino para que possam pôr em pratica a reforma do IPEDEHP. Almeja que os experimento desenvolvidos pelo IPEDEHP e pelo ISP Paulo Freire sirvam como modelo para os institutos pedagógicos ponham em prática os promotores em direitos humanos em todas as camadas da sociedade.
Trata-se de uma cartilha elaborada por professores da Unigranrio e destina-se a todos aqueles que almejam conhecer os seus direitos e que são apresentados de forma simples com as várias estâncias do poder público. A intenção é fazer com que os cidadãos lutem pelos seus direitos e assim tenham cidadania, entendendo que cidadania é a maneira pela qual o Estado reconhece os direitos das. Acrescenta que de todas as leis a Constituição Federal é a mais importante, visto que ela insere todo o povo brasileiro, por isso a importância de conhece-la para que todos saibam dos seus direitos. Almeja que todos os cidadãos venham a conhecer os seus direitos e não somente os seus deveres, mas o que falta ainda edificar no Brasil os direitos que estão contidos na Constituição Federal. Por isso, deve-se acreditar e lutar para a solução dos problemas que assolam esse país para que se possa construir um País mais justo em que todos tenham oportunidades iguais e essa realidade não depende somente dos governantes, mas de toda a sociedade civil e de entidades democráticas que estão voltadas para a cidadania.
Chama atenção para o fato de que a questão da violência e do racismo no Estado do Rio de Janeiro tem uma associação muito peculiar entre si, até porque quando se fala de racismo, mesmo considerando toda a sociedade brasileira, se constatará que o mesmo não está distanciando da violência, mesmo considerando diversos estudos elaborados acerca da violência, constata-se, em sua maioria, que o tema sobre as relações raciais não entra em pauta.
Destaca que se trata de um manual que explicita sobre a experiência do Ano internacional do Voluntariado, decretado pela Organização das Nações Unidas (ONU) que pode ser útil a outras organizações que possuem características semelhantes. Explica que La Vicaría de Derechos Humanos é uma ONG ligada a Arquidiocese de Caracas e que recebe com muita alegria os seus voluntários, mas que há certas exigências. Uma dessas exigências é a de que o voluntário atua com responsabilidade a sua profissão. De maneira geral, os voluntários que surgem na Vicaría é que porque tiveram algum contato, mesmo de maneira quase indireta, com os temas relacionados aos direitos humanos. Entretanto, o mais importante de tudo é ter a consciência das atividades as quais estão sendo exercidas enquanto sujeitos sociais que são, capazes de dialogar com as políticas sociais as quais estão inseridos. Estes fatores servem como bagagem para que tenham a experiência de trabalhar em equipe.
Relata que o termo democracia desperta muita empolgação, mas a exatidão do seu significado ainda se apresenta de maneira bastante vaga, já que a maioria dos teóricos relaciona a democracia à mera representação, o que a faz ficar por demais empobrecida. A democracia deve pertencer aos povos na luta pela liberdade através da participação da vida política e nas tomadas de decisões e é sabido que a luta pela democracia, na História da América Latina, sempre esteve associada à independência, a justiça social e ao poder do Estado. Afirma que surgirá um complexo de lutas pela democracia, pela liberdade, pela justiça social e contra e exclusão que acontecerá em todos os cantos da terra, visto que o modelo dominante que aí está leva a insegurança, sem esquecer da proliferação da guerra e da expansão do imperialismo. Propõe recriar a democracia e não mais adia-la por medo e fortalecer a história como forma de resistência em presença do diálogo e do consenso.