O artigo é uma boa indicação de leitura, tendo em vista duas realidades: primeiro pela própria escassez de textos que tratam do universo cultural dos jovens, depois pela riqueza das questões tratadas e a clareza da análise tendo como pano de fundo uma experiência concreta e avaliada como bem sucedida. O artigo trata de temas importantes para qualquer trabalho com jovens oriundo das classes populares, tais como: violência, exclusão social, inserção precoce no mercado de trabalho, contradição em torno dos objetivos da escola, entre outros.
A autora é da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo.
Inicia caracterizando as lutas dos movimentos populares urbanos nos anos 70 e dentre elas as lutas pelo acesso e pela qualidade da escola. Nos anos 80 a escola se envolve muito mais nas questões de violência. Mostra a violência no meio dos jovens das classes populares como um resultado de um processo de exclusão social. Finaliza-se com um exemplo retirado da experiência do Município de São Paulo, 1992, que através da música e da dança – RAP – conseguiu promover na escola algo que superasse a exclusão e a violência.