USP cancela matrículas de estudantes de colégios militares aprovados pelo Sisu

Comando Militar vê retaliação a governo Bolsonaro na decisão; USP alega que escolas não se enquadram no sistema de cotas

Por Estadão Conteúdo

Uma decisão da Universidade de São Paulo (USP) de cancelar matrículas de estudantes de colégios militares aprovados no vestibular por meio do Sistema de Seleção Unificado (Sisu) mobilizou, na tarde desta sexta-feira, 15, o Comando do Exército e o Ministério da Educação.

As incessantes fábricas do ódio, do medo e da mentira por Boaventura de Sousa Santos

Quando o respeitado Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, ZeidRa’ad Al Hussein, renunciou ao cargo em 2018, a opinião pública mundial foi manipulada para não dar atenção ao facto e muito menos avaliar o seu verdadeiro significado. A sua nomeação para o cargo em 2014 fora um marco nas relações internacionais.

Escolas federais custam menos que as militares e têm desempenho superior no Enem

Por Dagmara Spautz Um decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) determina o fomento à criação de escolas cívico-militares em todo o país. Embora o documento não detalhe de que forma será feita a implantação, o ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, afirmou que a inspiração será a experiência dos colégios militares, que têm desempenho acima da…

ENTREVISTA – ‘Novo governo é o triunfo da ignorância e da estupidez’, diz Leonardo Boff

“Como pôde acontecer tudo isso e tanta insensatez em nosso país? Onde nós erramos? Como não conseguimos prever esse salto rumo à Idade Média?”, questiona o teólogo

São Paulo – Para o teólogo Leonardo Boff, o início do governo de Jair Bolsonaro mostra “todo o despreparo” do presidente eleito. “É contraditório, não sabe bem o que quer, nem sequer conhece as reais necessidades do país.” Mais do que isso, ele acredita que o novo presidente, que tomou posse no dia 1° de janeiro, “é a maior desgraça que ocorreu em nossa história”. Para Boff, a chegada dos atuais comandantes do país “é o triunfo da ignorância e da estupidez”.

Brasil reforçou modelo escravista quando o mundo passou a condená-lo

Juliana Passos

Testamentos, inventários, decisões judiciais ao longo de décadas e o registro da história oral de descendentes de escravizados. É munido desses documentos que o historiador Thiago Campos Pessoa afirma que o Brasil do século XIX reforçou a escravidão, quando o mundo ocidental caminhava para sua abolição. As evidências encontradas para o fortalecimento tardio do modelo escravista, e sua reatualização no oitocentos, foram alvos das pesquisas do pós-doutorando ao abordar o tema da escravidão no Vale do Paraíba, especialmente no território fluminense.

‘Nosso rio está morto’, lamenta cacique de aldeia indígena a 22 km de Brumadinho

Aldeia NaoXohã, afetada por rompimento da barragem, fica às margens do rio Paraopeba.

Por Paula Paiva Paulo, G1 — Brumadinho

29/01/2019 14h38 Atualizado há 5 dias

O rompimento da barragem em Brumadinho aconteceu no começo da tarde de sexta-feira (25). A lama de rejeitos seguiu descendo o Rio Paraopeba, e na manhã de sábado (26) chegou a aldeia indígena NaoXohã, em São Joaquim de Bicas, a 22 km de Brumadinho.

Até quando?

Cândido Grzybowski
Sociólogo, presidente do Ibase

Estamos novamente diante de uma tragédia de grande impacto ecossocial: mais uma barragem de rejeitos de mineradora que se rompe, deixa mortes e “terra arrasada” no caminho da lama, descendo como avalanche. Mais uma vez, em Minas Gerais. Mais uma vez, trata-se da Vale, a mesma empresa envolvida na ruptura de outra barragem que soterrou um povoado em Mariana, com mortes, e contaminou todo o Rio Doce. Isto três anos e pouco atrás. A gente nem sabe direito quantas “bombas” de rejeitos de mineradoras existem pelo Brasil afora, ameaçando vidas humanas, a integridade dos territórios e todas as formas de vida.

Os “malucos” sapateiam no palco

Aqueles que não eram levados a sério hoje têm poder atômico e também o de destruir a Amazônia

Nas últimas décadas existiu um consenso de que, diante dos absurdos que eram ditos nas redes e em outros espaços, a melhor estratégia era não responder. Contestar pessoas claramente mal intencionadas e intelectualmente desonestas, em sua busca furiosa por fama, seria legitimá-las como interlocutor, dando crédito ao que diziam. E, assim, servir de escada para que ganhassem mais visibilidade. A frase popular que expressa essa ideia é: “Não bata palmas para maluco dançar”. A eleição de Donald Trump, de outros populistas de extrema-direita e agora de Jair Bolsonaro revelou que este foi um equívoco que vai custar muito caro.