Rossi / Agência O Globo
O número de contratos de trabalho encerrados por motivo de morte na área da Educação cresceu 128% nos primeiros quatro meses de 2021, na comparação com o mesmo intervalo do ano passado, com registro de 1.479 desligamentos. Nesse período, a quantidade de desligamentos de trabalhadores em geral por morte no país aumentou 89%, passando de 18.580 para 35.125. Os dados são do Boletim Emprego em Pauta 21, produzido pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Entre as diferentes ocupações do setor, os profissionais do ensino — professores, coordenadores e diretores, entre outros — foram os que mais tiveram vínculos encerrados por morte: 612, em 2021, contra 233, em 2020.
Os empregados dos serviços que apoiam as atividades dos professores, como faxineiros, porteiros, zeladores e cozinheiros, formaram o segundo subgrupo mais afetado, com 263 desligamentos por morte. No ano passado, o número foi de 141, cerca de 45% menor.
Os trabalhadores com menos de 30 anos foram menos afetados. Ainda assim, os desligamentos por morte entre pessoas com idade entre 25 e 29 mais do que dobrou (+109%) no período investigado, subindo de 22 para 46 óbitos. Entre os trabalhadores na faixa etária entre 30 e 39 anos, o aumento foi de 148%, passando de 89 para 221 mortes.
Mortes na educação infantil
O número de contratos extintos por morte entre professores de nível médio que atuam na educação infantil e no ensino fundamental teve grande aumento: 238% nos quatro primeiros meses de 2021, passando de 21 para 71. Já o número de falecimentos entre professores de nível superior que atuam com crianças aumentou 137%, subindo de 70 para 166.