Escolas federais custam menos que as militares e têm desempenho superior no Enem

Por Dagmara Spautz Um decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) determina o fomento à criação de escolas cívico-militares em todo o país. Embora o documento não detalhe de que forma será feita a implantação, o ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, afirmou que a inspiração será a experiência dos colégios militares, que têm desempenho acima da…

ENTREVISTA – ‘Novo governo é o triunfo da ignorância e da estupidez’, diz Leonardo Boff

“Como pôde acontecer tudo isso e tanta insensatez em nosso país? Onde nós erramos? Como não conseguimos prever esse salto rumo à Idade Média?”, questiona o teólogo

São Paulo – Para o teólogo Leonardo Boff, o início do governo de Jair Bolsonaro mostra “todo o despreparo” do presidente eleito. “É contraditório, não sabe bem o que quer, nem sequer conhece as reais necessidades do país.” Mais do que isso, ele acredita que o novo presidente, que tomou posse no dia 1° de janeiro, “é a maior desgraça que ocorreu em nossa história”. Para Boff, a chegada dos atuais comandantes do país “é o triunfo da ignorância e da estupidez”.

Brasil reforçou modelo escravista quando o mundo passou a condená-lo

Juliana Passos

Testamentos, inventários, decisões judiciais ao longo de décadas e o registro da história oral de descendentes de escravizados. É munido desses documentos que o historiador Thiago Campos Pessoa afirma que o Brasil do século XIX reforçou a escravidão, quando o mundo ocidental caminhava para sua abolição. As evidências encontradas para o fortalecimento tardio do modelo escravista, e sua reatualização no oitocentos, foram alvos das pesquisas do pós-doutorando ao abordar o tema da escravidão no Vale do Paraíba, especialmente no território fluminense.

‘Nosso rio está morto’, lamenta cacique de aldeia indígena a 22 km de Brumadinho

Aldeia NaoXohã, afetada por rompimento da barragem, fica às margens do rio Paraopeba.

Por Paula Paiva Paulo, G1 — Brumadinho

29/01/2019 14h38 Atualizado há 5 dias

O rompimento da barragem em Brumadinho aconteceu no começo da tarde de sexta-feira (25). A lama de rejeitos seguiu descendo o Rio Paraopeba, e na manhã de sábado (26) chegou a aldeia indígena NaoXohã, em São Joaquim de Bicas, a 22 km de Brumadinho.

Até quando?

Cândido Grzybowski
Sociólogo, presidente do Ibase

Estamos novamente diante de uma tragédia de grande impacto ecossocial: mais uma barragem de rejeitos de mineradora que se rompe, deixa mortes e “terra arrasada” no caminho da lama, descendo como avalanche. Mais uma vez, em Minas Gerais. Mais uma vez, trata-se da Vale, a mesma empresa envolvida na ruptura de outra barragem que soterrou um povoado em Mariana, com mortes, e contaminou todo o Rio Doce. Isto três anos e pouco atrás. A gente nem sabe direito quantas “bombas” de rejeitos de mineradoras existem pelo Brasil afora, ameaçando vidas humanas, a integridade dos territórios e todas as formas de vida.

Mão na Mão

Mão na Mão
(Márcio Faraco)

As águas nos olhos do seu Francisco
O chão vermelho de Salvador
João e José juntos correm risco
Ela não voltou da noite de horror

Pobres, índios e negros na mira
São sempre os mesmos suspeitos
O menino corre, o drone atira
E a televisão diz: “bem feito!”

Ninguém solta a mão de ninguém
Eu sei que a noite será escura
Um longo caminho, de dor e procura
Mas não podemos nos perder

Vão nos ouvir, vão nos perseguir
Vão querer nos calar, vão nos reprimir
Vão delatar, vão espionar
Vão tentar dividir para conquistar

Quando o silêncio chegar
Querendo nos impedir
Nunca deixaremos de cantar
Mão na mão vamos resistir

Ninguém solta a mão de ninguém
Eu sei que a noite será escura
Um longo caminho, de dor e procura
Mas não podemos nos perder

Ninguém solta a mão de ninguém
Eu sei que a noite será escura
Um longo caminho, de dor e loucura
Mas não podemos nos perder

Ninguém solta a mão de ninguém
Ninguém solta a mão de ninguém

FREIRE entre nos – a 50 años de Pedagogía del Oprimido

FREIRE entre nos – a 50 años de Pedagogía del Oprimido – Portada / Interior

Jorge Osorio Vargas / Editor. Varios autores: Paulo Freire; Carlos Calvo Muñoz; Silvia López de Maturana Luna; Jorge Osorio Vargas; Rolando Pinto Contreras; Graciela Rubio Soto; Guillermo Williamson; Adriano Nogueira e Taveira; Alfredo Ghiso; Francisco Vío Grossi

Colección Disoñadores Nueva Mirada Ediciones La Serena, Chile. Primera edición: octubre 2018

Sinopse: Los y las autores/as de los capítulos de este libro se han auto convocado para publicar -con ocasión de los cincuenta años de la publicación de Pedagogía del Oprimido de Paulo Freire- algunos de sus textos más sentidos acerca de su trayectoria personal y pedagógica junto a Paulo. Algunos fueron partícipes y socios en proyectos de trabajo junto a él. Otros reconocen relaciones de profunda amistad durante décadas. Y todos/as testimonian la influencia del pensamiento y de la práctica freirianas en sus itinerarios formativos como educadores e investigadores. (Se permite la reproducción parcial de este libro, siempre que se mencione la fuente.)

Os “malucos” sapateiam no palco

Aqueles que não eram levados a sério hoje têm poder atômico e também o de destruir a Amazônia

Nas últimas décadas existiu um consenso de que, diante dos absurdos que eram ditos nas redes e em outros espaços, a melhor estratégia era não responder. Contestar pessoas claramente mal intencionadas e intelectualmente desonestas, em sua busca furiosa por fama, seria legitimá-las como interlocutor, dando crédito ao que diziam. E, assim, servir de escada para que ganhassem mais visibilidade. A frase popular que expressa essa ideia é: “Não bata palmas para maluco dançar”. A eleição de Donald Trump, de outros populistas de extrema-direita e agora de Jair Bolsonaro revelou que este foi um equívoco que vai custar muito caro.