Rede estadual do ensino médio voltou à posição que ocupou em 2011, quando ficou em penúltimo no país; Brasil só bateu meta no 5º ano do ensino fundamental
Por Bruno Alfano — Rio
O principal indicador de qualidade da educação aponta que o Rio tem uma das piores redes públicas do país no ensino médio. Com nota 3,3 no Índice de Desenvolvimento da Educação Básical (Ideb), o estado governado por Claudio Castro volta a ficar na penúltima colocação entre as redes estaduais, mesma posição que ocupou em 2011.
Ideb: estados não bateram meta — Foto: Editoria de arte com dados do Inep
Veja a evolução das notas do Rio:
- 2005: 2,8
- 2007: 2,8
- 2009: 2,8
- 2011: 3,2
- 2013: 3,6
- 2015: 3,6
- 2017: 3,3
- 2019: 3,5
- 2021: 3,9
- 2023: 3,3
Em 2015, o Rio chegou a ter 6ª maior nota no ensino médio. No entanto, viu os outros estados avançarem com diferentes políticas educacionais de sucesso — como a ampliação das matrículas em tempo integral em Pernambuco, por exemplo.
Além disso, o próprio desempenho do estado patina desde 2013. A maior nota que conseguiu foi em 2021, quando a confiabilidade do Ideb foi severamente prejudicada por conta da pandemia (entenda aqui).
Veja como foi o Brasil
Os números nacionais do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) mostram que, em 2023, houve melhoras pontuais no indicador que mede a qualidade da educação no país, mas os patamares não foram suficientes para colocar todas as etapas do ensino do Brasil nas metas estabelecidas pelo Ministério da Educação (MEC).
Nos anos iniciais do ensino fundamental, o Ideb nacional foi de 6. Um aumento em relação a 5,8 (em 2021) e 5,9 (em 2019). A meta para esta etapa do ensino, em 2021, era de 6. Ou seja, a meta foi cumprida.
Nos anos finais do ensino fundamental, o índice foi de 5, contra 5,1 no levantamento de 2021 e 4,9 em 2019. A meta para esta etapa do ensino, em 2021, era 5,5. Ou seja, ficou abaixo da meta.
No ensino médio, o Ideb nacional ficou em 4,3 – aumento de 0,1 na comparação com 2021 e 2019 (4,2). A meta para esta etapa do ensino, em 2021, era 5,2. Assim, também ficou abaixo da meta.
Quando o MEC definiu as metas no Ideb, considerou apenas o período de 2007 a 2021. Por conta da pandemia, a meta de 2021 está sendo considerada postergada.
— Alcançamos as metas no Brasil nos anos iniciais do ensino fundamental. Precisamos comemorar isso — disse o ministro.
No último ano, o Ideb não conseguiu ultrapassar os resultados do índice no ano pré-pandemia em nenhuma das etapas avaliadas em português e matemática.
— Não chegamos aos patamares de 2019 mas houve uma curva e um esforço que nós vamos continuar. O resultado importante, primeiro, é que o esforço dos anos iniciais, não só crescemos como atingimos a meta — disse Santana.