Por; RCP
Um aluno usa foto de diretor de colégio militar em montagem e vídeo viraliza. Era só uma brincadeira postada em rede social. Mas, o caso desagradou tanto o diretor major Antonio Beleli, que ele invadiu uma aula on-line e ameaçou mandar uma viatura na casa do aluno e de expulsá-lo do colégio. Até a professora foi advertida. Ameaçou também abrir um TCO na Delegacia
O vídeo que casou incômodo no major Antonio Belele comandante diretor do colégio militar estadual em Calda Novas-GO, é uma animação onde a foto do major aparece cantando. O aluno usou um aplicativo de celular e a brincadeira é a sensação do momento entre jovens e adolescentes.
O episódio ocorrido em março provocou uma discussão sobre as chamadas escolas cívicas militares. Para alguns especialistas, o caso mostra o despreparo dos militares para lidar com questões pedagógicas, já que as práticas lúdicas, como as brincadeiras feitas pelas crianças não podem ser tratadas com autoritarismo.
Os especialistas também alertam que as escolas militares querem impor um Estado paralelo, onde a Constituição e a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) não vale nada, e sobra autoritarismo como nesse caso, onde fica flagrante a invasão de privacidade da sala, que é inviolável e o constrangimento sofrido pela professora em aula.
Muitos professores que trabalham em escolas miliares têm denunciado assédio moral, constrangimentos e até ameaças veladas. O que tem gerado muitos problemas depressivos entre os profissionais que atuam nessas escolas.
Também é questionado por críticos das escolas militares, a falta de preparo dos militares para gerenciar escolas, e o caso do ex-ministro da saúde general Eduardo Pazuello que foi um fiasco no combate a pandemia, acendeu um alerta sobre o lugar e a competência dos militares. Outra crítica é sobre a entrega dessas escolas a uma categoria que não entende nada de educação e que o custo do gerenciamento é muito maior do que o uma escola convencional.
Seria mais uma boquinha para acomodar militares amigos?
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