‘Nosso rio está morto’, lamenta cacique de aldeia indígena a 22 km de Brumadinho

Aldeia NaoXohã, afetada por rompimento da barragem, fica às margens do rio Paraopeba.

Por Paula Paiva Paulo, G1 — Brumadinho

29/01/2019 14h38 Atualizado há 5 dias

O rompimento da barragem em Brumadinho aconteceu no começo da tarde de sexta-feira (25). A lama de rejeitos seguiu descendo o Rio Paraopeba, e na manhã de sábado (26) chegou a aldeia indígena NaoXohã, em São Joaquim de Bicas, a 22 km de Brumadinho.

Até quando?

Cândido Grzybowski
Sociólogo, presidente do Ibase

Estamos novamente diante de uma tragédia de grande impacto ecossocial: mais uma barragem de rejeitos de mineradora que se rompe, deixa mortes e “terra arrasada” no caminho da lama, descendo como avalanche. Mais uma vez, em Minas Gerais. Mais uma vez, trata-se da Vale, a mesma empresa envolvida na ruptura de outra barragem que soterrou um povoado em Mariana, com mortes, e contaminou todo o Rio Doce. Isto três anos e pouco atrás. A gente nem sabe direito quantas “bombas” de rejeitos de mineradoras existem pelo Brasil afora, ameaçando vidas humanas, a integridade dos territórios e todas as formas de vida.

Os “malucos” sapateiam no palco

Aqueles que não eram levados a sério hoje têm poder atômico e também o de destruir a Amazônia

Nas últimas décadas existiu um consenso de que, diante dos absurdos que eram ditos nas redes e em outros espaços, a melhor estratégia era não responder. Contestar pessoas claramente mal intencionadas e intelectualmente desonestas, em sua busca furiosa por fama, seria legitimá-las como interlocutor, dando crédito ao que diziam. E, assim, servir de escada para que ganhassem mais visibilidade. A frase popular que expressa essa ideia é: “Não bata palmas para maluco dançar”. A eleição de Donald Trump, de outros populistas de extrema-direita e agora de Jair Bolsonaro revelou que este foi um equívoco que vai custar muito caro.

Estudantes de universidades públicas e privadas ganham direito ao passe livre

A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) derrubou nesta quarta-feira (5) o veto do governador Luiz Fernando Pezão ao Projeto de Lei 4.021/18 que garante o passe livre nos transportes intermunicipais aos estudantes da rede pública de todas as modalidades de ensino técnico (integrado, concomitante e subsequente) e para alunos de universidades públicas e privadas do Estado do Rio. Com a derrubada do veto, o PL vira lei automaticamente.

ONU abre consulta sobre estratégia para apoiar mulheres defensoras dos direitos humanos

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Na semana em que o mundo comemora o Dia Internacional das Mulheres Defensoras dos Direitos Humanos, 29 de novembro, a ONU Mulheres lançou uma consulta pública em português para elaborar uma estratégia de apoio e proteção a essas ativistas. Iniciativa tem por objetivo conhecer os desafios enfrentados pela sociedade civil. Até 6 de janeiro de 2019, é possível enviar contribuições por meio online.

Negócios multimilionários na “Escola sem Partido”

Por Amanda Audi, no Intercept  – 29 de novembro 2018

Jair Bolsonaro não poderia ter escolhido um comandante para o Ministério da Educação mais alinhado ao que defende para o setor. O colombiano naturalizado brasileiro Ricardo Vélez Rodríguez acredita que o sistema de ensino estaria contaminado por uma “doutrinação de índole cientificista e enquistada na ideologia marxista” e “destinado a desmontar os valores tradicionais da nossa sociedade”.

NOBEL DA PAZ ESCREVE CARTA EM SOLIDARIEDADE AO BRASIL E PEDE A BOLSONARO CUMPRIMENTO DE TRATADOS E LEGISLAÇÃO DE DIREITOS HUMANOS

Segundo Daniel Cara, coordenador geral da Campanha, o primeiro passo é não aprovar o projeto de lei do Escola Sem Partido Após eleição de Jair Bolsonaro, ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 2014, o ativista…

Após eleição de Jair Bolsonaro, ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 2014, o ativista indiano Kailash Satyarthi escreveu uma carta endereçada à Campanha Nacional pelo Direito à Educação, de solidariedade e apoio aos defensores de Direitos Humanos no Brasil.

Bolsonaro escolhe colombiano antipetista para chefiar Educação

por Deutsche Welle — publicado 23/11/2018

Novo ministro já afirmou que é necessário limpar o MEC do “entulho marxista que tomou conta das propostas educacionais”

O presidente eleito Jair Bolsonaro anunciou na noite desta quinta-feira (22) pelo Twitter a escolha do colombiano Ricardo Vélez Rodríguez para ser o novo ministro da Educação. A escolha de Vélez Rodríguez, um filósofo conservador antipetista, ocorre após dias de especulações sobre quem seria o escolhido para assumir a pasta. A indicação foi celebrada em páginas e sites de direita brasileiros.

Estudantes de classe média vão à escola pública por economia e para sair da “bolha” social

Busca por ambiente mais diverso faz famílias de classe média desistirem da rede privada

Em SP, o número de alunos que migrou para a rede pública aumentou em 25% em 5 anos

“É preciso diminuir a distância entre o que se diz e o que se faz, até que num dado momento a tua fala seja a tua prática”. Foi a frase do educador Paulo Freire que guiou a escolha da artista plástica Anne Rammi, de 37 anos, em meados do ano passado. Ativista, militante pela educação e defensora da democracia e da igualdade, como se define, ela se pegou vivendo uma incoerência: seus filhos viviam na “bolha da escola particular”, onde não conviviam com qualquer diversidade, num ambiente completamente desigual ao da maioria das crianças brasileiras.