Vicaría episcopal de Derechos Humanos de la Aquidiócesis de Caracas, 2002.

Trata-se de uma obra que oferta alguns cursos direcionados aos Agentes Multiplicadores em Direitos Humanos, no intuito de melhor prepara-los em suas formações e atuações, que é oferecido aos membros das comunidades cristãs da Arquidiocese de Caracas, assim como pessoas não enviadas pelas paróquias, o que vem favorecendo a trocas de informações e experiências, já que possui pessoas com distintas formações e modos diferenciados de se relacionar com os direitos humanos. Apresenta dois cursos: o básico I e o básico II. O primeiro intitulado “Direitos humanos e nosso compromisso como cidadãos” introduz a idéia do conceito direitos humanos, assim como apresentar a Declaração Universal dos Direitos Humanos, o exercício da cidadania, a prática responsável e a promoção de uma cultura em direitos humanos. O segundo curso denominado “Instrumentos jurídicos para a defesa dos direitos humanos” se aprofunda mais acerca do conceito de direitos humanos, a Declaração Universal, estudos da Constituição Nacional e os organismos responsáveis que asseguram a proteção dos direitos humanos. Explica que a metodologia utilizada nesses cursos é do tipo ativa-participativo que se dá através das experiências dos participantes e são ministrados em forma de oficinas, como forma de construir um saber comum entre todos os participantes. Após o término desses cursos os interessados podem dar continuidade através do “curso de seguimento” que funciona durante todo o ano. Tendo em vista que a definição de direitos humanos não é algo fácil de ser feito, porque tais direitos estão dentro de cada pessoa, explica que eles respondem as necessidades éticas e cívicas de cada sociedade; é superior e anterior ao poder do Estado, apesar do seu reconhecimento universal, como inerentes a cada pessoa é um fenômeno bem recente. De um modo geral, os direitos humanos representam um conjunto de condições materiais, espirituais, pessoais, comunitárias e sociais que possibilitam e afiançam a dignidade humana. A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi criado em 1948 pela ONU (Organização das Nações Unidas) no final da Segunda Guerra Mundial por diversos países com éticas, políticas, religiões e culturas diversificadas. A Declaração Universal dos Direitos Humanos é um ponto de partida para resolver os conflitos com base comum indiscutível ao que se refere aos direitos dos indivíduos e os da coletividade. Não se deve esquecer o fato de que a violação ou respeitos aos direitos humanos se dá na vida cotidiana e é por isso que se deve promove-los e lutar por eles. Daí a necessidade que todos têm de se interrogara acerca de suas condutas, sobre os acontecimentos que se dão na(s) sociedade(s). Não basta apenas se revoltar quando se depara com qualquer tipo de violação dos direitos humanos. É preciso, antes de tudo, denunciar, pois ficar em silêncio e ser cúmplice das injustiças, das opressões e de todo o sistema que as gera. Sendo os direitos humanos uma conquista histórica, eles estão divididos em várias classificações. Existem os direitos da primeira geração (direitos à liberdade que representam os direitos civis e políticos), os direitos da segunda geração (os direitos a igualdade, que são os direitos econômicos, sociais e culturais); os direitos da terceira geração (direitos dos povos e os direitos a solidariedade) e os direitos da quarta geração (envolve os direitos de dimensão planetária relacionada com a natureza, proclamada pela Carta da Terra e a Declaração do Rio). Alega que a cidadania dá subsídios para que cada pessoa possa agir de maneira ativa e responsável na construção de uma sociedade democrática e comprometer-se com a ação política. No momento em que se está onde se prevalece a “democracia do mercado” em detrimento a democracia como cenário de humanização pessoal e coletiva, logo os direitos humanos vêm ao encontro dos direitos mais básicos dos cidadãos, tais como: saúde, educação, moradia, etc, para todos e a defesa dos discriminados para que eles possam exercer seus direitos.