Empresários, produtores rurais, colecionadores de armas, atiradores e caçadores esportivos, chamados de CACs, estão entre os alvos da operação que cumpre 22 mandados de busca
Nesta quinta-feira (11), a Polícia Federal deu início à 11ª fase da Operação Lesa Pátria, com o objetivo de identificar os financiadores e fomentadores dos atos criminosos ocorridos em Brasília em 8 de janeiro deste ano, quando o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF) foram invadidos e depredados.
Empresários, produtores rurais e colecionadores de armas, atiradores e caçadores esportivos, chamados de CACs, estão entre os alvos da operação. Os agentes estão cumprindo 22 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná, expedidos pelo STF.
Um dos mandados é contra o empresário Geraldo Cesar Killer, que doou R$ 10 mil para a campanha de Jair Bolsonaro (PL) e fez outra doação do mesmo valor para o senador Marcos Pontes, ex-ministro de Ciência e Tecnologia, segundo a Folha de S. Paulo. Na residência de Killer, em Bauru (SP), a polícia apreendeu uma grande quantidade de dinheiro vivo nesta manhã.
No Mato Grosso do Sul, um dos alvos é o empresário Adoilto Fernandes Coronel, de Maracaju (MS), de acordo com o portal G1. Ele já constava como suposto financiador dos atos em uma lista divulgada pela Advocacia-Geral da União (AGU) em fevereiro.
O STF determinou o bloqueio de bens dos alvos e a PF informou que o ressarcimento dos danos causados ao patrimônio público pode chegar até R$ 40 milhões.
Desde a primeira fase da Operação Lesa Pátria, já foram cumpridos 69 mandados de prisão, sendo 65 de prisão preventiva e 4 de prisão temporária, além de 174 mandados de busca e apreensão. Foram instaurados até agora 17 inquéritos.
Os crimes investigados são abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.