Os cinco reitores nomeados por Jair Bolsonaro em 2021, mesmo perdendo as eleições internas, para dirigir instituições federais de ensino fundaram nesta quinta-feira (3) uma associação paralela para representar as universidades junto ao Ministério da Educação. A Associação dos Reitores das Universidades do Brasil, a AFEBRAS, nasce fazendo frente a Andifes, principal entidade que reúne os dirigentes das instituições.
A presidência ficará sob a responsabilidade o reitor da Universidade Federal do Ceará José Candido Lustosa Bittencourt de Albuquerque. Já a secretaria-executiva será ocupada pela potiguar Ludimila Serafim, reitora da UFERSA. Ela foi a terceira colocada nas eleições, mas ganhou o cargo do presidente Bolsonaro.
“A AFEBRAS tem a sua importância por proporcionar diálogo com as demais associações com um trabalho focado no desenvolvimento das universidades. É uma entidade que surge para somar”, considerou a reitora Ludimilla.
Em julho de 2021, cinco reitores nomeados pelo presidente da República à revelia da escolha do processo eleitoral nas universidades pediram desfiliação da Andifes. Foram eles: Ludimila Serafim (UFERSA), José Cândido Lustosa Bittencourt de Albuquerque (UFC), Edson da Costa Bortoni (UNIFEI), Janir Alves Soares (UFVJM) e Carlos André Bulhões Mendes (UFRGS).
Na assembleia realizada hoje, os reitores aprovaram por unanimidade a constituição da nova Associação, criaram o Estatuto Social e também elegeram os membros para os órgãos da administração da AFEBRAS. Para o Conselho Fiscal foram eleitos os reitores Herdjania Veras Lima, reitora da Universidade Federal da Amazonas (UFRA); Paulo César Fagundes Neves, reitor da Universidade Federal do Vale São Francisco (UNIVASF) e, Janir Alves Soares, reitor da Universidade Federal dos Vales de Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), para um mandato de dois anos.
A AFEBRAS contará com um quadro funcional composto por um administrador e um assistente administrativo. A Assembleia Geral também estabeleceu contribuição anual para instituições de R$ 10 mil, R$ 12.500,00 e, R$ 15.000,00, respectivamente, para as universidades com até 12 mil alunos, maior que 12 e a 20 mil alunos e, superior a 20 mil alunos.