Autora é publicada no Brasil pela Companhia das Letras e pela Dublinense; júri destacou preocupação de seus livros com ‘os problemas da mulher moçambicana e africana’
Ruan de Sousa Gabriel
A escritora moçambicana Paulina Chiziane, de 66 anos, venceu a 33ª edição do Prêmio Camões, a mais prestigiosa honraria conferida a escritores lusófonos, patrocinada pelos governos do Brasil e de Portugal. O anúncio foi feito pela Biblioteca Nacional no início da tarde desta quarta-feira (20). O último brasileiro a levar o Camões foi Chico Buarque, em 2019.
Composto por seis intelectuais lusófonos — Jorge Alves de Lima e Raul Cesar Gouveia Fernandes (Brasil), Carlos Mendes de Souza e Ana Maria Martinho (Portugal), Tony Tcheka (Guiné-Bissau) e Teresa Manjate (Moçambique) —, o júri destacou o “reconhecimento acadêmico e institucional” que a obra de Chiziane tem recebido, a preocupação de seus livros com “os problemas da mulher moçambicana e africana” e a “construção de pontes entre a literatura e outras artes”. A escritora receberá um prêmio de 100 mil euros, divididos entre os governos do Brasil e de Portugal.