Explica que o Brasil ficou dependente deste o seu “descobrimento” em 1500 e que até os dias atuais continua subordinado as ordens das grandes potencias mundiais. No ano de 1964 sofreu com um golpe militar que atrasou o seu avanço social e econômico durante trinta anos. Com o fim da ditadura militar, foi proclamada a Nova República e com ela a Constituição de 1988. Os latifundiários, temendo a reforma agrária, se organizaram como força política considerável através da União Democrática Rural (UDR), mas que mesmo assim continuou a luta e a organização dos trabalhadores rurais pela terra mediante ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Lembra que a dívida externa e eterna e que por isso impagável para todos os países devedores, mas que eclodiu em uma imensa crise em toda a América Latina, uma vez que os países devedores em vez de exportar suas matérias primas, começaram por exportar seus capitais para os países centrais, o que ocasionou o desemprego, a fome, a falta de moradia, o aumento do setor informal.
O banco de dados é composto por resenhas de livros, capítulos de livros, artigos de revistas acadêmicas, boletins, documentos institucionais, dissertações de mestrado, periódicos etc. Toda produção foi catalogada, selecionada e resumida a fim de socializar e divulgar uma bibliografia sobre os direitos humanos e temas correlatos, privilegiando a produção brasileira e latino-americana.
Menciona que. Deste os anos de 1934, com O Manifesto dos Pioneiros da Educação, que diversos profissionais da educação vêm lutando por uma educação de qualidade para todos. Sabe-se que em vários países, inclusive o Brasil, a política educacional é ditada pelos organismos internacionais, fazendo com que seja necessária uma ampla movimentação por parte da sociedade civil em defesa da PNE e também como resistência a atual política neoliberal que não deixa com que os povos tomem suas próprias decisões e nem opinem sobre o destino que almejam impetrar. Finaliza adicionando a idéia de que o PNE-sociedade Brasileira reivindica uma escola pública, gratuita, democrática e de qualidade para todo o povo brasileiro, mas que para que isto seja uma realidade é preciso a inversão da atual política educacional.
Esclarece que o sistema educativo verticalista faz com o corpo docente e os corpos discentes fiquem induzidos a obedecer sempre os superiores da hierarquia, o que dificulta o crescimento, o conhecimento e a responsabilidade de ambos. Isso porque o sistema autoritário leva as pessoas a se omitirem de sua responsabilidade, a ficarem com medo de crescer, de expressarem suas opiniões e de exporem as suas identidades. Diz que a Comissão Latino-americana de Desenvolvimento e Meio Ambiente afirmou que não haverá desenvolvimento sustentável na América Latina e no Caribe enquanto persistir a pobreza e que por isso, o desenvolvimento deve inserir a viabilidade ecológica com prioridade ao desenvolvimento humano. Propõe que as instituições educativas avaliem eticamente junto com os estudantes o que se pode fazer para reverter essa situação de pobreza e que tipos de ações concretas os alunos podem praticar para a solução dos problemas que afligem as suas realidades.
Diz que a sociedade exige que os indivíduos cumpram com os seus deveres, mas se “esquece” que esses mesmos indivíduos possuem seus direitos. A aparição dos direitos humanos constituiu um grande avanço ao que se diz respeito aos direitos individuais e sociais, já que até então a saúde mental de todos os indivíduos estava conectada a uma estrutura social muito rígida. Constata que somente em meados do século XX que uma grande mudança significativa realmente ocorreu, visto que o conceito de dever passou a ser questionado e até mesmo ultrapassado, dando lugar à qualidade de vida das pessoas e uma preocupação ética em torno do homem e das relações humanas, implementando uma nova cultura baseada na felicidade. A partir da década de 80, aparece a sociedade neoindividualista e com ela a cultura narcisista que alimenta a ansiedade e o estresse, pois os indivíduos são cada vez mais cobrados a seguirem um padrão de conduta e de consumo hegemônicos. Ressurgi a ética acompanhada de uma preocupação e de uma responsabilidade com realidades que pertencem a toda a humanidade, o que pode fomentar a esperança em um futuro muito melhor do que se tem atualmente e pelo fim do determinismo econômico e social que está em vigor.
Trata-se de uma revista elaborada pela instituição – Serviço de paz e justiça Uruguai, que é uma organização não governamental, nascida em 1981, onde o país vivia em uma ditadura militar e como tal a instituição nasceu com o objetivo de oferecer uma contribuição para a educação em direitos humanos –no intuito de analisar a realidade e propor soluções para ela e atuando no processo de formação, tendo em vista que educar em direitos pressupõe assumir o lugar dos educandos e de sua comunidade; sentir a realidade na qual se encontram; oferecer experiências que favoreçam o espírito de respeito, de solidariedade e de tolerância. Acredita que a educação em valores deve estar voltada ao desenvolvimento humano para que se possa reverter a desigualdade e a exclusão socioeconômica , pôr fim na discriminação de gênero e de etnias, para que desta maneira a educação em valores possa fomentar uma formação ética e cívica sólida, convivência harmônica, responsabilidade, tolerância, justiça, igualdade e respeito aos direitos humanos.
Considera que a educação, enquanto compromisso político, perpassa por duas idéias fundamentais. A primeira diz respeito ao compromisso que o Estado e a sociedade têm na construção de políticas educativas, enquanto que a segunda refere-se a instituição escola como o espaço de formação dos futuros cidadãos e o papel fundamental dos docentes enquanto socializadores políticos. Afirma que a competência educativa consiste em aprender a aceitar a diferença e saber viver juntamente com os outros, o que evita o individualismo e as atitudes autoritárias. Em 1996 a UNESCO deu um informe sobre a educação do século XXI, afirmando que ela é um instrumento que fortalece os ideais de paz, liberdade e justiça social. Espera que a escola se torne o lócus primordial para o desenvolvimento cognitivo, afetivo e valorativo com uma pedagogia renovada que possa ter uma compreensão profunda das mudanças que vem ocorrendo em todas as partes do mundo. Compreendendo as transformações mundiais abre-se a oportunidade de refletir como transformar a crise atual em ferramentas para os mais necessitados e se tornem sujeitos responsáveis e independentes.
Explica que o Instituto Peruano de Educação em Direitos Humanos (IPEDEHP) foi fundado no ano de 1985 e dirigido para a capacitação de lideres sociais em direitos humanos, democracia e participação cidadã. A metodologia utilizada foi o enfoque qualitativo, como forma de inserir as diversas classes sociais, os distintos ambientes e enfocar o lado afetivo. Estima que uma parcela significativa da população peruana ignora o que venha ser os direitos humanos, o que facilita de modo considerável os abusos e os diversos tipos de violação. Por isso, o desafio da Coordenadoria Nacional dos Direitos Humanos no Peru é impulsiona a difusão, cada vez maior, dos direitos humanos a toda a população como forma de construir uma sociedade mais democrática. Categoriza a experiência realizada pelo Instituto no Peru, com sua historia peculiar, como sendo uma experiência que vem se aperfeiçoando a cada ano e que por isso pode ser aplicada em outros contextos, o que ajuda na aplicação da proposta.
Assinala que a metodologia do estudo apresentado perpassa pelas técnicas qualitativas e quantitativas baseadas em questionários, entrevistas, observações, revisão de documentação disponíveis no IPEDEHP e no Instituto de Educação Superior Paulo Freire (ISP Paulo Freire) realizadas em três etapas: preparação do estudo realizado; coleção de dados e preparar as informações coletadas. Explica que a criação do ISP Paulo Freire tem um marco que o distingui dos demais: favorece a iniciativa, participação e liberdade no âmbito da ação humana. Explana que o currículo oficial do Ministério da Educação peruano contém as propostas pedagógicas do IPEDEHP sobre educação em direitos humanos e em democracia. Desde o ano de 1996, o ISP Paulo Freire faz parte da reforma educativa e recebe solicitações das instituições de ensino para que possam pôr em pratica a reforma do IPEDEHP. Almeja que os experimento desenvolvidos pelo IPEDEHP e pelo ISP Paulo Freire sirvam como modelo para os institutos pedagógicos ponham em prática os promotores em direitos humanos em todas as camadas da sociedade.
Trata-se de uma cartilha elaborada por professores da Unigranrio e destina-se a todos aqueles que almejam conhecer os seus direitos e que são apresentados de forma simples com as várias estâncias do poder público. A intenção é fazer com que os cidadãos lutem pelos seus direitos e assim tenham cidadania, entendendo que cidadania é a maneira pela qual o Estado reconhece os direitos das. Acrescenta que de todas as leis a Constituição Federal é a mais importante, visto que ela insere todo o povo brasileiro, por isso a importância de conhece-la para que todos saibam dos seus direitos. Almeja que todos os cidadãos venham a conhecer os seus direitos e não somente os seus deveres, mas o que falta ainda edificar no Brasil os direitos que estão contidos na Constituição Federal. Por isso, deve-se acreditar e lutar para a solução dos problemas que assolam esse país para que se possa construir um País mais justo em que todos tenham oportunidades iguais e essa realidade não depende somente dos governantes, mas de toda a sociedade civil e de entidades democráticas que estão voltadas para a cidadania.
Chama atenção para o fato de que a questão da violência e do racismo no Estado do Rio de Janeiro tem uma associação muito peculiar entre si, até porque quando se fala de racismo, mesmo considerando toda a sociedade brasileira, se constatará que o mesmo não está distanciando da violência, mesmo considerando diversos estudos elaborados acerca da violência, constata-se, em sua maioria, que o tema sobre as relações raciais não entra em pauta.