*O papel do líder religioso na vida política*

_”Parece-me contrassenso abraçar qualquer partido”_

Religião e política nunca permaneceram totalmente separadas ao longo dos séculos, mesmo após a Revolução Francesa de 1789, que apartou de forma oficial Estado e igreja. Uma diretriz que seria levada a muitos outros países, com resultados mais ou menos significativos conforme a situação.

Da mesma forma, política e interesses econômicos sempre caminharam juntos, mesmo com todas as tentativas de reduzir a força do dinheiro sobre as urnas.

Dois acontecimentos recentes reforçam essa dupla simbiose. O primeiro é o imbróglio em torno do presidente dos EUA, Donald Trump, envolvendo financiamento suspeito de campanha, subornos para moças com quem ele teria tido relacionamentos extraconjugais e contatos ainda mais suspeitos com autoridades russas. Estas últimas teriam brindado o atual mandatário com informações comprometedoras sobre sua ex-adversária eleitoral, a democrata Hillary Clinton.

Escola de qualidade não é escola militarizada

Rede da Campanha Nacional pelo Direito à Educação é contra a militarização das escolas, monitora o processo pelo país e aponta caminho para escolas de qualidade sob a responsabilidade das pastas de educação

De 2013 a 2018, o número de escolas estaduais geridas pela Polícia Militar saltou de 39 para 122 em 14 estados da Federação – um aumento de 212% -, conforme apontou levantamento realizado pela revista Época neste mês. Em 2019, há previsão de que outras 70 escolas deverão ser colocadas sob a gestão de militares nesses estados. Norte e Centro-Oeste lideram o fenômeno, que já ocorre em todo o país.

Atualmente, Goiás conta com 46 escolas, com 53 mil alunos, sob administração da Polícia Militar, e outras 39 estão em processo de militarização. “Amazonas já conta com 15 escolas administradas pela PM. Mato Grosso pretende criar cinco escolas da PM no segundo semestre.

STF decide que pais não podem tirar filhos da escola para ensiná-los em casa

Para a maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal, educação domiciliar exige a aprovação de uma lei que assegure avaliação de aprendizado e socialização.

 O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quarta-feira (12) que, com a atual legislação, os pais não têm direito de tirar filhos da escola para ensiná-los exclusivamente em casa, prática conhecida como educação domiciliar (ou “homeschooling”, no termo em inglês).

No julgamento, a maioria entendeu que é necessária a frequência da criança na escola, de modo a garantir uma convivência com estudantes de origens, valores e crenças diferentes, por exemplo.

Por dentro da mente dos eleitores de Bolsonaro que são fãs do político e vítimas da violência policial

Rosana Pinheiro-Machado
11 de Setembro de 2018, 2h00

MAYCON, 23 ANOS, um jovem negro de baixa renda, tem um irmão na cadeia, sonha ser policial, defende veementemente a pena de morte, o armamento da população contra o que chama de “Direitos Dosmano”. Eleitor convicto de Lula, ele gostaria de leis menos frouxas para “a bandidagem”.

Nas rodas de conversa que realizo com adolescentes das periferias, eleitores de Bolsonaro seguem a mesma orientação punitivista e demonstram solidariedade aos policiais, que deveriam ter o direito de matar. Paradoxalmente, esses mesmos meninos relatam um cotidiano de humilhações em abordagens policiais abusivas. “Se eu não estiver vestido como humilde e não estiver de cabeça baixa, [ou seja], se estiver de cabeça erguida e com boné de marca que me associe aos mano, eles me param, dão porrada e me jogam no chão”, contou Pepe, de 17.

Colégios públicos do DF passarão a ensinar noções jurídicas e de direitos humanos

Medida é para despertar interesse de estudantes e prevenir criminalidade, diz decreto. Programa é da Secretaria de Educação com Defensoria Pública.

Por Gabriel Luiz, G1 DF

Colégios públicos do Distrito Federal passarão a ensinar aos alunos noções jurídicas e conteúdos de conscientização de direitos humanos e cidadania. A novidade foi publicada no Diário Oficial desta terça-feira (4) e é parte de uma parceria entre a Secretaria de Educação e a Defensoria Pública.

Marilena Chauí explica o ódio na Brasil

Sinopse: Marilena Chauí, filósofa e professora emérita da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (USP), comentou o avanço da chamada judicialização da política que, em sua opinião, é o modus operandi da política neoliberal. “A judicialização que nós assistimos no Brasil não é um destempero de um bando de ignorantes, loucos, malucos, completamente servis. Essa coisa desmoralizante. Ela é a maneira mesma da política neoliberal. Judicializar é neutralizar a possibilidade de dar voz ao conflito e deixá-lo se desdobrar politicamente na sociedade”.