César Lobo
Em uma política dominada pelo coronelismo do capital, os índios pauperizados e criminalizados estão excluídos
São Paulo – A presença de Sônia Guajajara como vice na chapa de Guilherme Boulos à Presidência da República, oficializada ontem (10), em conferência eleitoral do Partido Socialismo e Liberdade (Psol), só vai representar uma abertura para maior representação indígena na política se houver mudanças estruturais.
“Executaram Marielle para calar sua militância. Assim como executaram minha mãe, Zuzu Angel, para emudecer suas denúncias e a exposição enlutada de sua dor, com a perda do filho torturado e morto pela ditadura”, afirma
Em seu blog, a jornalista Hildegard Angel escreveu um artigo sobre o que representou a morte da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ).
Acompanhe a íntegra do texto:
Os últimos momentos de Marielle Franco, a vereadora do PSOL executada no meio da rua no Rio de Janeiro sob intervenção
JOSÉ ROBERTO DE TOLEDO
Os bares de Copacabana e da Zona Sul do Rio de Janeiro estavam lotados de torcedores que acompanhavam, pela tevê, a virada do Flamengo sobre o Emelec na Taça Libertadores. Também nas redes sociais o time carioca provava-se popular liderando o Twitter Trends Brasil na noite de quarta-feira. Em meio aos milhares de tuítes sobre os jogadores que decidiram a partida, um nome que nada tinha a ver com o jogo começou a subir no ranking de assuntos do momento: Marielle Franco.
CONHEÇA MAIS 24 CASOS DE LIDERANÇAS POLÍTICAS MORTAS NOS ÚLTIMOS QUATRO ANOS
Haroldo Ceravolo Sereza e Rafael Targino | São Paulo
Vereadora Marielle Franco, do PSOL do Rio de Janeiro, foi última vítima da violência que atinge líderes e militantes políticos no país; veja relação
O assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) na noite desta quarta-feira (14/03) acendeu o alerta para um fato alarmente: desde 2014, ao menos outros 24 líderes comunitários, ativistas e militantes políticos foram evidentemente executados em diferentes regiões do Brasil.
Nota Da Editora: A autora do texto reuniu a opinião de colegas e amigos negros, que relataram as expressões que os incomodavam antes de desenvolver esse texto. Vale ressaltar também que, conforme uma leitora bem observou, é imprescindível ter em mente ao ler o texto que “por séculos, brancos subordinaram negros e durante todo esse período diversas palavras e frases foram usadas para enfatizar e perpetuar a ideia de submissão e inferioridade negra”.
Quilombo São José da Serra. Coleção Terras de Quilombo. Belo Horizonte: FAFICH, 2016. Aqui
Essa Coleção é fruto da parceria entre INCRA, MDA e UFMG para sistematizar e dar publicidade às informações contidas nos Relatórios Técnicos de Identificação e Delimitação (RTID), em muitos casos ignoradas pela historiografia oficial. Esse material, registrado no âmbito dos processos administrativos do INCRA, foi transposto para uma linguagem acessível, com o apoio de diversos colaboradores, destacando-se os autores das etnografias dos RTIDs. Os volumes estão organizados por ano de publicação:
A Declaração Universal dos Direitos Humanos completa 70 anos em 2018, um documento histórico adotado pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1948, definiu, pela primeira vez, os direitos fundamentais de todo ser humano e sua proteção universal.