Ethos mundial: um consenso mínimo entre os humanos

Faz um paralelo entre educação e economia, considerando o contexto sócio-político onde a privatização e a mercantilização é cada vez mais crescente na relação humana e também na educação. Nesta relação entre educação e economia, se usa muito o enfoque de que quando mais educado uma pessoa menos pobre ela será. Por detrás dessa premissa esconde-se a idéia de que o problema da pobreza será resolvido através da educação. Quando se comprova que há mais pessoas sem instrução entre os pobres do que entre os ricos, então esse problema tem de ser enfrentado pela educação. Deve-se fazer uma mudança sistemática na educação e neste tipo de visão. Ao se dizer que entre os ricos há poucas pessoas que não tem instrução, então se deve criar um modelo político que promova o ingresso das pessoas pobres a educação e permiti-las que tenham acessos a outras necessidades básicas, como alimentação, saúde, moradia, etc., uma vez que somente há crescimento em um país quando se tem justiça social.

Escola em questão: desafios para o educador

Esclarece que o FMI na atualidade ocupa três funções principais: (1) vigilância e supervisão das economias dos países membros; (2) assistência técnica às questões fiscais e monetárias e (3) assistência financeira aos países em pobres. O Banco Mundial (BM) tem a performance de “ajudar” os países pobres em suas dimensões estruturais. Está transparente que as intervenções feitas por essas duas instituições de Washington contribuem para as deficiências que acontecem nas economias dos países em pobres. Menciona que as pressões exercidas sobre cidadania realizadas nos países que condenam a dívida externa das nações pobres, fizeram com que as instituições financeiras internacionais credoras revisem os seus posicionamentos com relação à dívida. Afirma que os países devedores têm que tomar parte na tomada das decisões, para que inclusive possam questionar as sanções que são impostas a eles e dessa maneira possam também apresentar suas propostas.

Psicoanálisis, educación y responsabilidad social: encuentro y reflexiones, in: DAY, H., Salud mental, responsabilidad social y derechos humanos

Reconhece que dentro da realidade da América Latina perpassa por uma dinâmica de “dubla transição” denominadas de neoliberalismo e de democracia, sendo esta última o marca central por reconhecer a diversidade étnica e cultural que se fazem presentes em seus territórios. Atenta para o fato de que, hoje em dia, em diversos Estados latino-americanos a população indígena tem o pluralismo étnico e cultural de suas nações reconhecidas em suas fronteiras e em suas constituições, mas que estabelece um fenômeno muito recente. O que importa não é apenas os povos indígenas terem os seus direitos reconhecidos; o mais importante e que tais direitos sejam exercidos concretamente. Sugeri que o conceito de democracia dever incluir a convivência harmônica com o pluralismo jurídico alternativo e não trata-lo apenas como algo de segunda categoria ou desprezar a sua existência. Acrescenta que se deve tratar o sistema jurídico indígena tal como é o respeito aos direitos humanos.

Entretejiendo lazos de amistad, confianza y compromiso para construir democracia y derechos humanos en el Perú

Analisa as discussões em torno da educação em direitos humanos, tendo em vista o contexto sócio-político e econômico vividos na América Latina, desenvolvendo a idéia de que a educação em direitos humanos ganharia muito mais legitimidade se os corpos normativos (leis, resoluções, acordos, convenções, declarações nacionais e internacionais) fossem mais difundidos publicamente. Lembra que em relação à educação em direitos humanos, alguns estudiosos estão a favor que se recorra ao Estado, mas o problema surge quando se questiona a maneira pela qual irá se trabalhar quando ele é omisso a injustiça e tem aceitado a impunidade. Critica-se também a participação das ONGs ao fazerem aliança com o Estado, já que desta maneira irão perder credibilidade perante o público. Considera importante a desenvolvimento de uma rede de comunicação que possibilite relações e acabe com o isolamento, pois o propósito e tecer a solidariedade e a troca de saberes e assim estimular o exercício das ações coletivas

Ensino técnico e globalização: cidadania ou submissão?

Refere-se a um trabalho realizado em parceria com a UNESCO, a Secretaria de Estado dos Direitos Humanos e o Instituto Ayrton Senna como forma de cooperarem com a efetivação do respeito aos direitos humanos para a juventude. Explicam que estudos por Vermelho e Mello (1998) mostraram que as causas relacionadas à morte de jovens nas últimas cinco ou seis décadas foram crescendo para os fatores externos como os acidentes de trânsitos e homicídios. Esse último avança no Brasil, que foram responsáveis por 38% das mortes de jovens na idade entre 15 e 24 anos. Diz Chama a atenção para o fato de que no ano 2000 39% das mortes entre os jovens foram causadas por homicídio. Clama toda a sociedade a encontrar meios objetivos para limitar a crescente violência que atinge a todos, até porque a sociedade não pode mais se omitir, pois a apatia, a falta de perspectiva e a intolerância são as causas principais para o surgimento da violência.

Encuentro educar nos em valores

Recorda que os indígenas u’wa habitavam o norte da Colômbia a 3.000 e eram milhares, antes da chegados dos colonizadores espanhóis. Hoje, restam apenas 6.000 índios. Devido à reserva de petróleo que tem em seus territórios sofrem ameaças constantes de perderem as suas terras e suas vidas. Desde 1995 o governo colombiano aprovou a exploração de petróleo pela multinacional norte-americana, Occidental Petroleum. A decadência dos us’wa será alarmante, como a prostituição, o alcoolismo e sem dos índios que morrerão pelos esquadrões da morte. Um exemplo que serve para retratar a invasão da cultura branca, lembra os indígenas ghuahabis que viviam na Laguna de Lipa, hoje completamente destruída de sua beleza natural, que ao serem transferidos para bairros populares viraram mendigos e viciados. Alerta que na modernidade o homem substitui os valores espirituais pelos materiais com o interesse de adquirir algo que dê prazer momentâneo.

El nuevo fundamentalismo: retazos (sis)temáticos del (dis)curso Neoliberal

Explica que a Rede Brasileira Pela Integração dos Povos/REBRIP representa um amplo movimento de resistência a ALCA em todo continente americano e centra os seus esforços em campanhas continentais e na organização de plebiscitos institucionais nos países das Américas. Denuncia que os princípios apresentados pela ALCA consideram qualquer serviço como mercadoria e como tal deve-se almejar o lucro, sem esquecer de acrescentar que os amplos direitos dados aos investidores e empresas diminuem o poder dos governantes de promoverem políticas públicas voltadas à educação, à saúde, etc.. Declara que os governantes do Brasil não deveriam entrar na ALCA, já que não receberá nenhum beneficio, pois sabe-se que as medidas tomada pelos Estados Unidos visam somente os seus interesses. Conclama a sociedade brasileira a fazer um amplo movimento em oposição a ALCA, propondo um projeto social para a construção de uma sociedade verdadeiramente democrática e fortalecida pela justiça social.

El espacio de una nueva sociedad civil globalizada

Explica que com a situação de pobreza na América Latina, com a ausência dos pobres na História, o nascimento dos movimentos populares, com a presença ativa dos cristãos nos processos históricos de libertação e com o compromisso da Igreja latino-americana na defesa dos oprimidos, surge a Teologia da Libertação, que tem como embasamento dois aspectos: (1) a busca de nova reflexão a partir da realidade latino-americana e (2) as declarações de grupos cristãos que testemunham a experiências coletivas da luta revolucionária da população pobre. A Teologia da Libertação percebeu a necessidade de se elaborar uma teologia a partir da identidade e do perfil presentes na América Latina para que possa intervir e dar respostas aos desafios que se apresentam. Considera que a Igreja tem que ser a base de resistência, assim como ter a missão de mostrar caminhos alternativos para que os pobres e excluídos possam ter uma vida digna, colaborando em dar respostar a atual política excludente neoliberal e proporcionar as transformações sociais.

El drama del Chocó: genocidio contra el pueblo afrocolombiano

Indica que no Brasil crescem as taxas de mortalidade que têm como causa principal a violência, ainda mais entre os adolescentes e jovens, e acrescenta que a violência e um problema complexo que abarca o âmbito cultural, social e comportamental e que por isso não deve ser encarado apenas no ponto de vista criminal, pois a discriminação sexual, de gênero, das minorias étnicas, exploração e a desigualdade social também são formas diferenciadas de violência. Afirma que um dos maiores problemas encontrados para que se pesquisa a violência está no fato de que a sua classificação e definição ainda são muito confusas, dando margem para diferentes interpretações, como, por exemplo, saber distinguir o crime organizado, crime de quadrilha e crime comum. Afirma que as ações repressivas em nada resolvem para desarticular o crime organizado. Deve-se investir em programas educativos para que os jovens possam ter um futuro mais digno.

El derecho indígena frente al espejo de América Latina

Apresenta a diferença que se tem do senso comum tanto para os neoliberais, como para os educadores(as). Explica que para os primeiros a transformação do senso comum é importante para aceitação da reestruturação do Estado pela ideologia neoliberal, como solucionadora da crise que passa o Brasil, inclusive com o seu modelo educacional. Para os educadores que acreditam na transformação social, a desconstrução da hegemonia neoliberal é de suma importância para se promover à inclusão social nas práticas e nos discursos das escolas públicas. Adverti que a globalização é uma reconfiguração do capitalismo que intensifica as desigualdades sociais, econômicas e culturais. Acredita que a criação de espaço de discussão constitui uma das formas para que se possa desenvolver uma atuação política sobre as atividades exercidas pelas (os) professoras(es), deixando mais claro suas visões sobre a sociedade e da situação educacional.