Paulinas, 1996.

Detecta que nas atuais sociedades modernas devido à perca ou ao questionamento dos valores tradicionais vêm predominando o individualismo, a falta de solidariedade, o consumismo, a rejeição com a responsabilidade para com o futuro, enfraquecimento dos laços comunitários, etc., está comprometendo a própria sobrevivência das diversas sociedades contemporâneas. Por isso ficou constatado que uma sociedade quando fica incapacitada para gerir e responder os apelos de sua realidade torna-se automaticamente desmoralizada e sem ânimo, ocasionando corrupções políticas e transgressões das leis. Cabe ressaltar que a corrupção não se dá apenas na esfera política (entendendo política como a meta que confere legitimidade na busca do bem comum e do interesse comum pela utilização dos bens públicos), mas perpassa por interesses que possa oferecer vantagens econômicas, sociais e que possa lhe conferir poder. Um dos meios que se tem para refazer esta situação é se apropriar de virtudes necessárias que implica em tomar decisões que leve em conta as pessoas menos favorecidas, aplicando a justiça em todas as atividades individuais e particulares e nas instituições. Ao fazer um histórico sobre o nascimento das religiões, recorda que várias interpretações são esboçadas para clarificar a sua função, que entre ela estão: o desejo de imortalidade; a busca de um sentido que ultrapasse o os feitos no mundo; a possibilidade de ser feliz e pleno e a exteriorização da misericórdia; da paz; da fidelidade e da compaixão. Considera injusto não reconhecer a importância das religiões na configuração das morais deontológicas, que possibilitou a convivência de cidadãos que professam diferentes concepções religiosas, mesmo os ateus e agnósticos, experenciando e compartilhando valores entre si dentro do respeito ao pluralismo e a diferença.