Estudantes de classe média vão à escola pública por economia e para sair da “bolha” social

Busca por ambiente mais diverso faz famílias de classe média desistirem da rede privada

Em SP, o número de alunos que migrou para a rede pública aumentou em 25% em 5 anos

“É preciso diminuir a distância entre o que se diz e o que se faz, até que num dado momento a tua fala seja a tua prática”. Foi a frase do educador Paulo Freire que guiou a escolha da artista plástica Anne Rammi, de 37 anos, em meados do ano passado. Ativista, militante pela educação e defensora da democracia e da igualdade, como se define, ela se pegou vivendo uma incoerência: seus filhos viviam na “bolha da escola particular”, onde não conviviam com qualquer diversidade, num ambiente completamente desigual ao da maioria das crianças brasileiras.

Escola sem partido lembra vigilância nazista, diz ministra do Supremo da Alemanha

Ministra da Corte Constitucional da Alemanha Susanne Baer disse que a liberdade de expressão tem que ter limites quando se transforma em discurso de ódio e criticou o projeto Escola Sem Partido ao afirmar que na Alemanha um projeto semelhante, batizado de Escolas Neutras, que também pede que estudantes denunciem professores críticos ao partido de extrema direita AfD ou que se posicionem politicamente; “Lembra-nos de períodos altamente problemáticos na história, na Alemanha Oriental, e no nazismo, quando pessoas eram chamadas a delatar os vizinhos”, disse

 “Os privilegiados são analisados por pessoas; as massas, por máquinas”

Doutora em Matemática pela Universidade Harvard luta para conscientizar sobre como, segundo ela, o ‘big data’ aumenta a desigualdade
Cathy O’Neil (Cambridge, 1972), doutora em matemática pela Universidade Harvard, trocou o mundo acadêmico pela análise de risco de investimento dos bancos. Achava que esses recursos eram neutros do ponto de vista ético, mas sua ideia não tardou a desmoronar. Percebeu como a matemática poderia ser “destrutiva” e empreendeu uma mudança radical: somou-se ao grupo de finanças alternativas do movimento Occupy Wall Street, que nasceu em 2011 em Nova York para protestar contra os abusos do poder financeiro, e começou sua luta para conscientizar sobre como o big data “aumenta” a desigualdade e “ameaça” a democracia.

Inclusão escolar favorece aprendizagem de pessoas com deficiência

Juliana Passos

Estudantes com deficiência intelectual conseguem superar muitas barreiras de aprendizado quando recebem suporte adequado em sala de aula. Uma realidade ainda distante para muitas crianças jovens e adolescentes atendidas pela rede pública da Baixada Fluminense, que continuam segregadas em escolas ou classes especiais, mesmo após 10 anos da criação da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Essas são as principais conclusões dos diversos estudos realizados sobre educação especial, sua estrutura e funcionamento, na rede pública da Baixada Fluminense ao longo da última década, coordenados pela educadora Marcia Pletsch, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). O trabalho de pesquisa contou com diversas fontes de financiamento, incluindo a FAPERJ.

Escócia será primeiro país a incluir direitos LGBTI no currículo escolar

A Escócia se tornará o primeiro país do mundo a incorporar o ensino dos direitos de pessoas lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e intersexuais no currículo escolar. Ativistas descreveram a decisão como um momento histórico para o movimento LGBTI.

“A Escócia já é considerada um dos países mais progressistas da Europa na questão da igualdade LGBTI”, disse o vice-primeiro-ministro escocês, John Swinney, ao Parlamento da Escócia na quinta-feira (08/11), citado pelo jornal britânico The Guardian. “Tenho o prazer de anunciar que seremos o primeiro país do mundo a incluir a educação inclusiva LGBTI no currículo escolar.”
A medida visa a combater o bullying, o preconceito e a discriminação contra a comunidade LGBTI.

Decreto de temer fecha portas de concursos públicos a deficientes

Rede Brasil Atual – A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), do Ministério Público Federal (MPF), levou à procuradora-geral da República, Raquel Dodge, representação para que ingresse com um pedido de inconstitucionalidade do Decreto 9.546/2018 no Supremo Tribunal Federal (STF). O decreto assinado pelo presidente Michel Temer acaba com as provas adaptadas para pessoas com deficiência em concursos públicos e outros processos seletivos do governo federal. E define que critérios de aprovação serão os mesmos das pessoas que não possuem deficiência.

Para a PFDC, o novo decreto fere o artigo 3º da Constituição Federal de 1988 – que trata dos princípios da dignidade, do pluralismo, da igualdade e da não-discriminação. Viola ainda diretrizes estabelecidas pela Lei Brasileira de Inclusão (LBI) e pela Convenção Internacional da Pessoa com Deficiência, que ganharam status de emenda constitucional.

Após 23 anos, Comissão de Direitos Humanos da OEA volta a visitar o Brasil  

Viagem ocorre a convite do governo federal e resultará em um relatório sobre violações

Henrique Gomes Batista (correspondente)

05/11/2018

WASHINGTON, EUA – A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA) começa, nesta segunda-feira, dia 5, uma ampla visita ao Brasil. Esta é a primeira vez que a entidade vem ao país desde 1995.

Integrantes do organismo internacional se reunirão com autoridades, líderes sociais e vítimas de violação de direitos humanos por todo o país. A visita termina no dia 12, próxima segunda-feira.