De bandidos, boyzinho e doidões ou de como e porque ser ou não ser peão: a constituição de identidades masculinas entre jovens trabalhadores favelados

O texto já é relevante por tratar de um tema bastante esquecido: a formação da identidade masculina. Torna-se mais interessante ao demonstrar como um processo educacional alternativo – neste caso os grupos de jonvens da Igreja Católica – pode ser um caminho para a superação da exclusão social e da marginalidade.

A autora é professora do Curso de Pedagogia do Instituto de Educação de Minas Gerais.

O artigo também foi apresentado na XII Reunião Anual da ANPED, em Caxambu, Setembro de 1992.

Trata-se de uma pesquisa entre rapazes da área mais tradicionalmente industrial do município de Contagem, Minas Gerais, conhecida como “Cidade Industrial”. Levanta a influência dos Grupos de Jovens da Igreja Católica e da convivência com jovens de outros bairros na constituição da identidade masculina entre os jovens favelados. Estas realidades que surgem nas décadas de 70 e 80 reestruturaram a dicotomia entre “doidões” e “boyzinhos”. O texto está baseado na dissertação de mestrado da autora.

Curriculum y derechos humanos

Apresenta as diferentes concepções de currículo e aponta a importância da adequação deste a um projeto de sociedade que garanta os Direitos Humanos.

Apresenta diferentes concepções de currículo e aponta a necessidade de uma adequação do currículo a um projeto social que trabalhe na direção da promoção dos Direitos Humanos. Propõe elementos fundamentais para o trabalho de educação em Direitos Humanos na escola.

Currículo: tensões e alternativas

O artigo apresenta uma boa fundamentação teórica em relação ao erro em que pode-se cair se se interprentam de forma errada os postulados do multiculturalismo, principalmente em relação à elaboração de propostas curriculares fragmentárias, o que geraria um outro tipo de etnocentrismo.

Artigo resultado de assessoria à Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro para a elaboração de um Núcleo Curricular Básico.

As autoras partem de uma reflexão sobre a discussão curricular no Brasil para assinalar os problemas das análises dicotomizadas – experiência cultural da criança x experiência cultural da humanidade, qualidade x quantidade, universal x singular etc. Propõem a necessidade de incorporar essas categorias como tensões que normalmente atravessam a teoria e a prática educacional. Com base na proposta curricular vigente no Município do Rio de Janeiro, levantam uma hipótese preliminar de trabalho em torno de “conceitos nucleares” e desenvolvem um exercício de análise para testar a validade de tal hipótese.

Cotidiano escolar e práticas sócio-pedagógicas

A obra é indicada para o aprofundamento em cotidiano escolar e a abordagem etonográfica. Obra de interesse para o programa, especialmente significante para os casos de trabalhos desenvolvidos em acompanhamento escolar. A autora é professora da Faculdade de Educação da USP.

O artigo trata do surgimento e da trajetória da abordagem etnográfica na pesquisa sobre a escola, valoriza a construção teórica da categoria “Cotidiano Escolar”, analisa três pesquisas de tipo etnográfico desenvolvidas na área da Educação, levantando os pontos críticos e as contribuições da abordagem etnográfica para o estudo do cotidiano escolar.

Cotidiano escolar e ensino: conhecimento e vivência

O texto se apresenta bastante coerente e relevante para o Programa Direitos Humanos, Educação e Cidadania, pois se apresenta às pesquisas sobre o cotidiano escolar como sendo fundamentais para reavaliação de conceitos como conhecimento, vivência e ensino.

O artigo se posiciona entre os autores cujo papel tem sido o resgate da valorização da vivência na pedagogia. Tenta resgatar, mesmo, as idéias de Marx e Nietzsche, que romperam a prisão na qual a filosofia colocou a vivência. Considera, ainda, de importância fundamental o estudo da prática pedagógica e da vivência que envolve no âmbito do cotidiano escolar, com base no fato de que tem sido de grande importância para a melhoria do ensino os estudos do cotidiano das escolas realizados na ultima década.

Cotidiano e violência

O artigo torna-se bastante relevante por ajudar na compreensão da imagem que o censo comum construi em relação ao aluno noturno. As autoras desmistificam a ideia de que o aluno da noite é em geral o aluno trabalhador que busca na escola uma maneira de ascensão social. O artigo faz uma análise consistente de como a violência entra na escola e altera sua regularidade e seu funcionamento.

Consiste numa apresentação de pesquisa realizada em Escolas Públicas de 2º grau noturno, na cidade do Rio de Janeiro, em 1998. Revela que o perfil do aluno noturno é bem diferente do que geralmente se imagina. Costuma-se dizer que o aluno noturno são jovens e adultos trabalhadores que buscam o estudo para melhorar suas condições de vida. A pesquisa registra situações bem diferente do imaginário popular, tais como: violência, crimes, drogas e professores amedrondados e impotentes diante desta realidade.

Cotidiano e escola: a obra em construção

Analisa a escola enquanto um organismo social que dialogo com o contexto na qual está inserida, torna-se, portanto, uma referência fundamental para se entender a escola hoje, o fracasso escolar e suas causas.

O livro é uma versão condensada da tese de doutorado da autora defendida na Faculdade de Educação da USP, em janeiro de 1988.

O presente estudo originou-se de outro que investigou as representações e expectativas de professores em relação a alunos de níveis sócio-econômicos diferentes, através de questionários, coordenado por Guiomar Namo de Mello, do qual resultou seu livro: Magistério de 1º grau- Da competência técnica ao compromisso político. Cortez, São Paulo, 1982.

Consumidores e cidadãos: conflitos multiculturais da globalização

No que se refere às questões abordadas pelo Programa DDHH, Educação e Cidadania, o livro contribui ao sugerir que a democracia em sua manifestação concreta também se daria na perspectiva que, pensa as mudanças na maneira de consumir como possiblidades e formas de exercer a cidadania e ao propor um reposicionamento da sociedade frente à questão cultural tendo em vista os processos de transformação tecnológica e a influência dos meios de comunicação de massa num cenário de globalização cultural. É também um livro otimista, que alimenta a esperança de transforma-ção social, oferecendo vários elementos para a reflexão da situação atual da América Latina frente à globalização neo-liberal.

O autor dirige o Programa de Estudos Sobr Cultura Urbana no Departamento de Antropologia da Universidade Autônoma Metropolitana do México.

Cidadania e modernidade

O texto traz uma boa contribuição para um entendimento da atual situação do capitalismo e do chamado processo neoliberal em que vivemos. Também se destaca a análise histórica dos conceitos de cidadania e democracia no período moderno.