Direitos Humanos na escola: experiência em Porto Alegre

O artigo tem caráter descritivo e informativo sobre o projeto em questão. É interessante ressaltar a importância da relação das diferentes etapas de desenvolvimento do movimento, com os momentos históricos e políticos vividos pela sociedade brasileira nas épocas apontadas.

Relata a experiência de Educação em Direitos Humanos nas escolas públicas de Porto Alegre, elaborada pelo Movimento de Justiça e Direitos Humanos de Porto Alegre – MJDH. Realiza uma reconstrução histórica do movimento procurando contextualizar a experiência a partir da percepção do espaço da escola como local de um trabalho preventivo em Direitos Humanos.

Direitos humanos, educação e cidadania

Este texto é de suma importância para o Programa Direitos Humanos, Educação e Cidadania, pois trata-se da elaboração teórica que orientam e referenciam as ações e a prática do próprio programa.

O livro “Oficina Pedagógicas de Direitos Humanos” consiste em mais uma iniciativa do Programa Direitos Humanos, Educação e Cidadania do Projeto NOVAMERICA.

Consiste na fundamentação teórica do livro. As autoras iniciam levantando a contradição entre a consciência cada vez mais presente acerca dos direitos humanos e a sua constante violação e desrespeito. Este fato torna-se no desafio que motiva para práticas que busquem superá-lo. A Educação é entendida como um campo a ser privilegiado e as oficinas pedagógicas constituem na metodologia que possibilita construir socialmente este novo saber.

Direitos humanos: a proposta transcendental de Otfried Höffe

Trata-se do resumo documental elaborado pelas especialistas da Iniciativa Feminista Cartagena para a Conferência sobre Financiamento para o Desenvolvimento (CFD) que se realizou em Monterrey (México). Esse documento é uma resposta em relação às questões de gênero que ficaram omissas na CFD. Acrescenta que os discursos atuais sobre desenvolvimento perpassam sobre as questões de gênero, já que as mulheres ainda sofrem preconceitos na sociedade. Indica que a CFD deve refletir sobre que tipo de desenvolvimento se almeja alcançar, já que não há discussão ou questionamento sobre as questões de gênero. Delata que é impossível almejar uma sociedade justa e democrática quando se tem a desigualdade entre os gêneros com relação à participação política, a divisão de poderes e as oportunidades no de trabalho. Não se obstem de mencionar que entre homens e mulheres existem potenciais diferentes e cada qual mantendo as suas qualidades, porém essas diferenças devem ser aproveitadas para unir forças; para somar nas decisões e não para excluir ou discriminar.

Direitos humanos: pautas para uma educação libertadora

O livro tem um bom formato, apresenta expressivas ilustrações e sua diagramação é muito boa. Nos parece importante na medida em que apresenta uma proposta educativa em direitos humanos centrada nos artigos dos principais tratados, declarações e pactos elaborados a nível mundial. Consegue estimular a leitura e a reflexão desses documentos que muitas vezes são colocados de lado devido a aridez com que são apresentados. Há, também, uma bibliografia de apoio e indicações de algumas entidades que produzem e comercializam subsídios pedagógicos, tais como audiovisuais, slides, etc.

Apresenta uma “pauta” para uma educação libertadora, através do ensino de Direitos Humanos. A partir de um enfoque orientado na perspectiva cristã, o livro se propõe a ser um material para o uso do educador e oferece sugestões educativas para o trabalho com Direitos Humanos.

Discriminación, Sociedad y Escuela en América Latina:¿Somos tod@s iguales?

Constata o imenso sofrimento pelo qual passam homens e mulheres moradores de Chocó (Colômbia) após o massacre de Bojayá, devido à guerra entre os guerrilheiros, narcotraficantes e paramilitares que nem mesmo respeitaram um templo católico que estava abrigando mulheres, idosos e crianças que tentavam salvar as suas vidas, mas que culminou na morte de centenas de pessoas, entre elas crianças. Esclarece que depois do atentado de 11 de Setembro, os Estados Unidos desencadearam novas estratégias para intervir nas nações alegando o combate ao terrorismo, porém não esquece de mencionar que o capitalismo também impõe o terrorismo social, econômico e político. Sugeri que as organizações sociais populares, os sindicados, as organizações étnicas e toda a sociedade civil se organizem e expressem quais são seus projetos de vida; que soluções propõem para a construção de uma sociedade mais justa e fraterna alicerçadas por todos os homens e mulheres de boa vontade.

Diseño curricular problematizador en la enseñanza de los derechos humanos

Analisa diferentes tipos de currículo e propões o trabalho de Direitos Humanos a partir do planejamento curricular problematizado. Fornece exemplos para o desenvolvimento do tema referente a questão do meio ambiente e da literatura.

O artigo é rico, tanto no aspecto teórico-conceitual, quanto no âmbito das propostas práticas para o ensino dos direitos humanos na escola. O autor considera que o ensino dos direitos humanos na escola formal só é válido se lograr contribuir para a formação de cidadãos capazes de promover a plena vigência dos direitos numa sociedade democrática. Propõe uma conceitualização dos direitos humanos como um conteúdo que não se esgota no meramente informativo e sim introduz de maneira globalizante o afetivo, o corporal, o social e o político. Apresenta uma proposta concreta para o ensino dos direitos humanos na escola, através do desenvolvimento de um curriculo problematizador

Apresenta diferentes tipos de currículo e propõe um trabalho de educação em Direitos Humanos a partir de um planejamento curricular problematizado. Para os autores, os Direitos Humanos devem ser trabalhados a partir da introdução de informações sobre o tema, mas também de elementos como os aspectos afetivos, corporais, sociais e políticos. Apresentam uma proposta concreta de ensino dos Direitos Humanos na escola, na perspectiva do currículo problematizado.