A fome mata mais que a violência

Trata-se de um seminário latino-americano intitulado “A escola em questão: desafios para o educador”, ocorrido em outubro de 2001 no Rio de Janeiro, tendo como participantes educadores/ras envolvidos com projetos ligados à promoção social de instituições educacionais públicas e privadas, representando diversos estados brasileiros e outros países do Sul e do Caribe que deve como sustentação teórica três objetivos basilar: (1) aprofundar a discussão em torno de problemas que envolvem a escola; (2) fazer trocas de experiências a partir do dia a dia dos educadores/as, fazendo da escola uma experiência agradável para as crianças e para os jovens e (3) indicar caminhos para “reinventar a escola”. Lembra que no futuro as sociedades serão divididas em dois blocos: os que produzirão conhecimento e avanços científicos e os que só receberão informações. Acrescenta que dentro de um mesmo país terá diferenças significativas, pois haverá aqueles que estão capacitados para manejar as informações e os que se encontrarão excluídos de todos os processos. Aposta na valorização afetivo-ética do educador, na sua vivência diária de valores e na intervenção que possa fazer no contexto social como meio de transformar a realidade.

A marcha mundial das mulheres: por um mundo solidário e igualitário

Considera como contraponto à globalização da economia à globalização da solidariedade, entendendo como solidariedade uma virtude que faz com que a pessoa se sinta comprometida com a vida e tenha interesses e responsabilidades com o grupo ou mesmo com toda a humanidade. Significa dizer que a solidariedade faz com que a pessoa assuma uma atitude voluntária em empenhar para o bem comum. Falta fazer com que a bondade venha à tona e ela é despertada a partir do sofrimento de outras pessoas, pois quando se depara com o sofrimento dos outros, as pessoas saem de si mesma e se aproxima dos que sofrem, uma vez que se deixa de lado o individualismo e se sente fazendo parte viva do sofredor, desse modo, desperta-se a consciência de que todos pertencem a uma única família: a humana. Por um lado, considera o que de pior pode acontecer é quando se destrói o lado humano de um povo; por outro lado, aprecia também que a melhor forma de se prestar à solidariedade é quando se contribui a resgatar, juntamente com o povo, o lado humano que estava desaparecido.

A nova ordem imperial e como desmonta-la

Define a palavra desencanto como a perda da esperança no mundo, já que ele vem sempre acompanhado da tristeza e da desilusão e isso não é mero acaso. Instalou-se o poder hegemônico neoliberal, mas este nunca será definitivo, até porque forças “contra-império” já se mostram com novas formas criativas, construtivas e renovadoras de intervenção, mostrando que é mais do que possível um mundo diferente e melhor para todos. Concorda com o fato de que a educação, a cidadania e a democracia mantêm um vínculo recíproco entre elas. O problema reside no fato de que tipo de vínculo relaciona a educação com a cidadania, a justiça com a democracia e quem o define. Acredita que educar é mostrar que não há um abismo considerável entre objetividade e subjetividade, já que são essas duas categorias que aproximam o ser humano de seus semelhantes. É a formação para a cidadania que capacitará a pessoa a questionar, a pensar, a assumir as suas ações perante o mundo, assim como saber ouvir e respeitar opiniões, valores e maneiras de ser que sejam diferentes do que se tem.

A síndrome de burnout: por que os professores desistem?

As forças armadas têm uma superioridade organizacional visível, um status simbólico apelativo e o monopólio das armas e isso porque elas estão sempre subalternas aos seus mestres civis que se fazem presentes nos altos escalões de qualquer governo, além de estarem sempre intervindo na vida política do país, são elas que detêm o monopólio dos meios de violência de maneira repressiva. Quando o totalitarismo é introduzido na sociedade, intervindo na vida da maioria da população, a primeira medida a ser tomada por ele é o desenvolvimento do alto nível de vigilância adotado para que possa garantir os interesses daqueles que o apóia. A polícia e seus agentes são considerados os mais importantes aliados que adotam táticas de aquisição e decodificação de informações acerca daqueles que consideram seus inimigos; todas as atividades da vida pública e privada são vigiadas, com policiamento constante e intensificado para que possa segregar os opositores. Por isso que a justificação do terror instaurado na sociedade é uma tática que geralmente está respaldada por um líder carismático para que o totalitarismo mantenha o controle dos instrumentos de violência.