Record, 2003.

Explica que o Brasil ficou um país dependente deste o seu “descobrimento” em 1500 e que até os dias atuais continua subordinado as ordens das grandes potencias mundiais. No ano de 1964 sofreu com um golpe militar que atrasou o seu avanço social e econômico durante trinta anos. Com o fim da ditadura militar, foi proclamada a Nova República e com ela a Constituição de 1988. Os latifundiários, temendo a reforma agrária, se organizaram como força política considerável através da União Democrática Rural (UDR), mas que mesmo assim continuou a luta e a organização dos trabalhadores rurais pela terra mediante ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). É sabido que a partir de 1989 a economia capitalista do Brasil vem sendo submetida às ordens de diretrizes neoliberais, findando-as, com a influência direta dos EUA, no governo de FHC, que tem esta política como princípios a privatização da economia; a abertura do mercado; a elevação das taxas de juros bancários; a redução dos gastos públicos; o controle dos salários e a contenção dos movimentos sociais e a retirada de direitos dos trabalhadores. Lembra que a dívida externa e eterna e que por isso impagável para todos os países devedores, mas que eclodiu em uma imensa crise em toda a América Latina, uma vez que os países devedores em vez de exportar suas matérias primas, começaram por exportar seus capitais para os países centrais, o que ocasionou o desemprego, a fome, a falta de moradia, o aumento do setor informal. Diz que “A dívida externa é uma bolsa de neve. Para pagá-la, os países necessitam de dinheiro. Para obtê-lo, tem de contrair nova dívida. Esta cresce à medida que os países devedores se submetem ao sistema financeiro internacional. O FMI determina as regras internacionais…Outros organismos internacionais agem de maneira semelhante: são o Banco Mundial e a Organização Mundial de Comércio (OMC)” É a partir da década de 90 que começaram a ter mudanças na economia, no momento em que os organismos internacionais apresentaramm as soluções para as crises, estimulando a desregulamentação dos mercados; diminuir os custos das empresas com a flexibilização do trabalho, que é na realidade o modelo econômico da política neoliberal.